23
Mar 11
publicado por Nuno Gouveia, às 15:25link do post | comentar | ver comentários (2)

A oposição da Turquia terá sido ultrapassada e a NATO vai assumir o comando das operações na Líbia.


22
Nov 10
publicado por Nuno Gouveia, às 15:09link do post | comentar | ver comentários (2)

Os Estados Unidos assinaram este ano um novo tratado START com a Rússia, mas para este entrar em vigor necessita da ratificação do Senado. O Presidente Obama já prometeu aos russos que tentará a sua aprovação ainda este fim de semana, mas os ventos que têm soprado de Washington indicam que poderá não o alcançar. Sendo que são precisos 2/3 dos votos, Obama precisa de garantir o apoio de 67 senadores, quando os democratas têm 59 senadores na sua bancada. Sem o apoio de alguns republicanos, este poderá não passar. Várias vozes republicanas, como o senador Dick Lugar do Indiana, já apelaram à sua aprovação, dado que está em causa a segurança nacional do país e as relações com a Rússia. No entanto, o número dois republicano no Senado, Jon Kyl, disse que provavelmente não haveria tempo para votar o tratado ainda este ano. No próximo ano, esta questão poderá transformar-se em mais uma batalha entre republicanos e democratas.

 

Os republicanos estão a fazer aqui um jogo perigoso. Em Lisboa todos os líderes europeus demonstraram apoio ao START, e se o GOP conseguir adiar a sua aprovação estarão a enfraquecer a imagem externa do Presidente. No entanto, poderão ficar mal na fotografia, fazendo “jogos políticos” com uma questão de segurança nacional e prejudicar a melhoria de relações com a Rússia, alcançada pela Administração Obama.  Em politica, nem sempre se pode ganhar pontos. Este tratado é importante para os Estados Unidos e para os seus aliados, e os republicanos deveriam “abraçá-lo” e não tentar retirar dividendos políticos. Depois não se queixem.


17
Nov 10
publicado por Nuno Gouveia, às 14:17link do post | comentar

A Cimeira da NATO, que se realiza em Lisboa no próximo fim de semana, tem muitos assuntos na agenda. Um deles e talvez o mais relevante é o Afeganistão, onde a NATO tem milhares de militares no terreno. Sem solução à vista, e com a estratégia do general David Petraeus a demonstrar ténues avanços, Obama irá propor um plano que prevê a entrega da responsabilidade da segurança ao governo local em 2014. Isto é um sinal que os EUA já pensam na retirada, tentando imitar o plano de sucesso que foi implementado no Iraque. A grande dúvida é se essa retirada será acompanhada por um aumento da segurança e o fortalecimento do governo afegão.

 

As informações que existem indicam que a transição do controlo das diferentes províncias será progressiva e baseada nas condições no terreno, mais uma vez, a exemplo do que aconteceu no Iraque. No entanto ao estabelecer já uma data final de retirada, isso significa que haverá transferência de poderes, independentemente da melhoria ou não da situação militar. Obviamente que o plano de Obama irá ser aprovado em Lisboa, pois os seus aliados desejam, mais do que os americanos, um plano que termine com a intervenção no Afeganistão, a mais longa da história militar da Aliança.

 

O Afeganistão foi a guerra escolhida por Obama ainda durante a sua campanha eleitoral. Ao criticar a intervenção no Iraque, Obama sempre disse que o seu alvo primordial na luta contra o terrorismo seria neste cenário. Mas nesta estratégia, Obama contava com mais apoio dos aliados da NATO, algo que não aconteceu. O comprometimento dos europeus neste conflito sempre foi tímido, e com a situação no terreno a degradar-se nos últimos anos, Obama sentiu a necessidade de apresentar um plano de saída. Na próxima campanha presidencial, Obama não poderá apresentar aos americanos um sucesso no Afeganistão, e com este plano, pretenderá demonstrar que a sua Administração sabe como terminar esta guerra. O futuro dirá se esta retirada será uma cópia do que sucedeu no Iraque, ou, se pelo contrário, será uma repetição do Vietname em 1975, quando após a saída dos americanos, o país ficou entregue aos seus anteriores inimigos. Não há soluções fáceis para este conflito.



arquivos
2017:

 J F M A M J J A S O N D


2016:

 J F M A M J J A S O N D


2015:

 J F M A M J J A S O N D


2014:

 J F M A M J J A S O N D


2013:

 J F M A M J J A S O N D


2012:

 J F M A M J J A S O N D


2011:

 J F M A M J J A S O N D


2010:

 J F M A M J J A S O N D


pesquisar neste blog
 
subscrever feeds