21
Dez 12
publicado por Alexandre Burmester, às 17:42link do post | comentar | ver comentários (4)

 

 

Parece iminente o anúncio da Casa Branca da nomeação do Sen. John Kerry como o próximo Secretário de Estado, na sequência da oposição republicana à nomeação da Embaixadora dos E.U.A. na ONU, Susan Rice.

 

A confirmar-se tal nomeação - que não deverá enfrentar problemas de maior no Senado, pois Kerry é respeitado em termos de política externa também por uma dose saudável de senadores republicanos - abrir-se-á uma vaga de Senador pelo Massachusetts, o que dará uma clara oportunidade a Scott Brown, derrotado em Novembro após cumprir a parte final do mandato do falecido Sen. Edward Kennedy, para regressar à câmara alta do Congresso.

 

As sondagens indicam que Brown - um republicano eleito por um estado largamente democrático - é visto favoravelmente por uma clara maioria de eleitores do Massachusetts. Embora ainda seja cedo para especulações, é bem possível que esta figura atípica do Partido Republicano não tenha dito adeus definitivamente ao Senado.


05
Set 12
publicado por Alexandre Burmester, às 21:40link do post | comentar | ver comentários (5)

 

 

 

 

Já que na Convenção Nacional Democrática o pessoal do Massachusetts tem tido um inusitado relevo, deixo aqui a minha homenagem a uma incansável colaboradora dessa máquina, tragicamente falecida num acidente de viação em 1969, numa viatura conduzida por um filho da mais famosa - alguns diriam famigerada -  família política daquele Estado.

 

http://en.wikipedia.org/wiki/Mary_Jo_Kopechne 


27
Dez 11
publicado por Nuno Gouveia, às 22:57link do post | comentar

And there is only one candidate in the Republican field with the integrity, the experience, the organizational strength and the intelligence to beat Barack Obama and that man is Mitt Romney.

 

Editorial do Boston Herald 

 

O antigo governador do Massachusetts continua a recolher apoios. Um dos jornais mais antigos dos Estados Unidos (fundado em 1846), o Boston Herald, declarou hoje o apoio a Mitt Romney nas primárias republicanas, ao contrário de 2008, quando John McCain recebeu o seu endorsement.  Tenho referido que este tipo de acções não é decisiva nem muito relevante para o sucesso, ou não, de uma candidatura, mas é verdade que ajuda. Romney tem vindo a receber vários apoios, desde colunistas, políticos e jornais, o que contribui para o cenário que tem sido desenhado nos media desde há muito tempo, particularmente desde que outros republicanos proeminentes se afastaram da corrida: o da inevitabilidade da sua nomeação. 


22
Jan 10
publicado por José Gomes André, às 00:54link do post | comentar | ver comentários (6)

O Nuno apresentou aqui uma leitura rigorosa sobre a importância desta eleição surpreendente. Gostaria de a complementar reflectindo sobre as eventuais vantagens que, indirectamente, a vitória Republicana poderá ter para o Partido Democrata. Com efeito, embora humilhados, os Democratas poderão retirar importantes lições políticas e eleitorais do resultado no Massachusetts. Por três razões principais:

 

1. Este resultado serviu como um reality-check. Entusiasmados com as vitórias de 2006 e 2008, e alimentados por várias narrativas teóricas que sugeriam um período de dominação "azul" para os próximos anos, os Democratas assumiram uma postura arrogante, esquecendo a complexa realidade eleitoral americana. Talvez esta derrota os recorde que o Partido Republicano tem um peso significativo específico, algo erodido pelos erros da Administração Bush, é certo, mas que permanece vivo na sociedade americana.

 

2. A derrota no Massachusetts recorda a importância das batalhas eleitorais propriamente ditas. Martha Coakley perdeu, acima de tudo, porque não se preparou para o combate eleitoral. Confiante no perigoso conceito de "safe seat", não programou eventos, não definiu uma estratégia, não se preocupou em angariar fundos. Muitos Democratas em situação similar estarão agora mais precavidos para as (difíceis) eleições de Novembro.

 

3. Os Democratas serão agora obrigados a regressar ao fundamento do processo político na América - negociando com os seus adversários. Turvados pelo seu predomínio nas instituições federais, os Democratas esqueceram a importância de obter compromissos, rejeitando o diálogo com os Republicanos. Este erro estratégico criou dificuldades ao processo legislativo (não existindo disciplina partidária nos EUA) e gerou anti-corpos na imprensa e no próprio eleitorado.

 

P.S. Ainda sobre a vitória de Brown, ler esta entrevista a Michael Baum (Professor de Ciência Política em Dartmouth), que o André Freire nos traz no "Ladrões de Bicicletas".


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