05
Nov 12
publicado por José Gomes André, às 15:30link do post | comentar | ver comentários (2)

Apesar da importância do Ohio, há outros Estados que poderão vir a desempenhar um papel muito relevante, com destaque para a Florida, Virgínia e ColoradoTodos eles foram ganhos por Bush em 2000 e 2004, e por Obama em 2008 - o que desde logo atesta a sua importância como "Estados-barómetro".


Florida (29 Votos Eleitorais) é o Estado sulista mais ecléctico, onde os Democratas têm uma base de apoio forte, sobretudo na região de Palm Beach (no Sudeste do Estado). Os eleitores mais idosos e os hispânicos de origem cubana são usualmente fiéis aos Republicanos. A Florida foi ganha pelos Republicanos em 6 das últimas 8 eleições presidenciais; uma derrota de Romney neste importante Estado (o terceiro mais valioso no Colégio Eleitoral, a par de Nova Iorque) torna absolutamente inviável uma vitória geral na eleição. Média das sondagens recentes (RCP): Romney lidera por 1,8%.

Virgínia (13 Votos Eleitorais) foi durantes décadas um bastião Republicano. Porém, o crescimento exponencial dos subúrbios de Washington (D.C.) trouxe novos residentes para o norte da Virgínia, com preferências eleitorais fortemente Democratas. Este facto, aliado à existência de uma grande comunidade afro-americana, permitiu a Obama ganhar a Virgínia em 2008. Se o Ohio cair para Romney, a Virgínia torna-se fundamental para o "Plano B" de Obama. Há também neste Estado uma renhida disputa entre o Republicano George Allen e o Democrata Tim Kaine, para o Senado. No que diz respeito à questão presidencial, média das sondagens recentesObama lidera por 0,3%.


Colorado (9 VE) está praticamente na mesma categoria que a Virgínia. Tendencialmente Republicano (desde 1964 só votou Democrata em 1992 e 2008), tem a favor dos Democratas o crescimento de Denver, cuja área metropolitana – socialmente progressista – agrega metade da população total do Estado. Além do mais, os habitantes do Colorado valorizam especialmente a protecção ambiental (um trunfo de Obama). Todavia, o Estado é caracterizado pela força da tradição libertária (típica no Oeste), que desconfia do governo federal (estando por isso mais próxima da ideologia Republicana), tendo além disso uma grande porção de "social conservatives", especialmente na região de Colorado Springs. Se o Oeste e o Midwest não decidirem a eleição, as atenções virar-se-ão necessariamente para o Colorado. Média das sondagens recentesObama lidera por 0,6%.


08
Fev 12
publicado por Nuno Gouveia, às 14:23link do post | comentar | ver comentários (2)

Rick Santorum foi o grande vencedor de ontem. E se a vitória nos caucuses do Minnesota já era esperada, o mesmo não se pode dizer do Colorado, onde Romney partia como grande favorito. Santorum ganhou ainda as primárias do Missouri, apesar destas não atríbuirem delegados. Mitt Romney sofreu desta forma um revés importante nestes estados, ele que até ficou em terceiro lugar no Minnesota, atrás de Ron Paul. Newt Gingrich desapareceu do mapa, mas depois do que já vi dele nestas primárias, recuso-me a passar-lhe um atestado de óbito. As próximas eleições são as primárias do Michigan e no Arizona a 28 de Fevereiro. Antes disso, neste fim de semana, será conhecido o resultados dos caucuses do Maine, que realizam-se até Sábado. Aqui reside a grande esperança de Ron Paul vencer uma eleição. 


06
Fev 12
publicado por Nuno Gouveia, às 23:07link do post | comentar | ver comentários (4)

  

 

Colorado -  Segundo uma sondagem recente da PPP, Mitt Romney deverá vencer estes caucuses com relativa facilidade. A expectativa é que Rick Santorum fique em segundo lugar, seguido de Newt Gingrich e Ron Paul. São atribuídos 36 delegados.

 

Minnesota - A maior incerteza das eleições de amanhã. Na última sondagem, Rick Santorum apareceu ligeiramente à frente de Mitt Romney, seguido de perto de Newt Gingrich e Ron Paul. Devido à natureza dos caucuses, atribuiria alguma vantagem a Mitt Romney e Ron Paul, pela capacidade de mobilização e máquina no terreno. São atribuidos 40 delegados

 

Missouri - Irão realizar-se amanhã umas primárias... que não contam para nada. Os 52 delegados apenas serão atribuídos nos caucuses do dia 17 de Março. No entanto, o interesse desta primária resume-se a saber se Rick Santorum conseguirá derrotar Mitt Romney, pois Newt Gingrich não consegui qualificar-se para constar do boletim de voto. 

 

Tendência: Depois de uma semanas horríveis onde apenas descaracterizou a sua campanha, Newt Gingrich pode começar amanhã a perder o lugar de opositor directo de Mitt Romney. Rick Santorum está bem colocado para conseguir uma vitória amanhã (Minnesota) e pode substituir Gingrich na pole position para adversário conservador. Ron Paul, que tem desiludido um pouco depois do New Hampshire, tem amanhã no Minnesota uma das últimas oportunidades para vencer uma eleição. Romney deverá ter mais um bom dia. 


29
Out 10
publicado por Nuno Gouveia, às 15:45link do post | comentar

Provavelmente na próxima terça-feira à noite ficaremos sem saber o resultado final de muitas eleições. Recordo o que aconteceu em 2008 no Minnesota, que foi preciso esperar meses para saber que Al Franken derrotou o incumbente republicano Norm Coleman. Há várias eleições que podem ter o mesmo destino, dada a proximidade existente entre os candidatos. Estas deverão ser aquelas que vamos mesmo de ter de esperar pela contagem, e possivelmente, recontagem dos votos até ao fim.

Alaska – Joe Miller ou Lisa Murkowski? Um deles será o próximo senador do estado, mas com as sondagens a apontar para um empate entre eles, acredito que se irá repetir o que sucedeu nas primárias republicanas deste ano: esperar uns dias para saber quem ganhou. Se fossem eleições normais, apostaria em Murkowski, mas como os eleitores terão que escrever o nome dela no boletim, tudo pode acontecer.

 

Washington – A senadora Pat Murray (D) liderou durante muito tempo as sondagens, mas nas últimas semanas Dino Rossi (R) recuperou terreno e empatou a corrida. Todos os votos vão contar neste estado, mas a minha previsão vai para uma vitória da democrata.

 

Nevada – Aqui a minha aposta vai para a republicana. Sharron Angle tem liderado nas últimas sondagens, embora por curta margem, mas acredito que ambos os candidatos ficarão muito próximos.

 

Illinois – Mark Kirk (R) e Alexis Giannoulias (D) não são candidatos que entusiasmaram o eleitorado. Com um candidato dos Verdes na corrida a poder chegar aos 5 por cento, aposto numa vitória do republicano. Mas a vitória será sempre por alguns milhares de votos.

 

Colorado – Ken Buck, candidato do tea party, chegou a ser o claro favorito. Apesar de continuar a ser essa a minha previsão, os números de ambos vão ser muito próximos. O senador Michael Bennet, muito impopular no estado, beneficiou das gaffes e declarações insólitas do republicano.

 

West Virgínia – Joe Machin (D) fez campanha como um republicano conservador contra o verdadeiro republicano, John Raese. Em condições normais, Manchin, governador do estado e com índices de aprovação superiores a 60 por cento, venceria esta eleição com facilidade, mas o sentimento anti-Obama no estado é muito elevado. Apesar de acreditar numa vitória democrata, esta será sempre muito renhida.



18
Out 10
publicado por Nuno Gouveia, às 22:01link do post | comentar | ver comentários (6)

Tenho escrito bastante sobre este movimento que revolucionou a vida política norte-americana. Uma vezes elogiando o seu papel no renascimento do Partido Republicano, que ainda há dois anos foi dado como morto, outras vezes criticando a sua influência nefasta em várias corridas eleitorais. E se considero que o saldo eleitoral acabará por ser amplamente favorável ao Partido Republicano, também é verdade que algumas das escolhas que foram feitas na época das primárias foram prejudiciais e que agora estão a revelar-se. E nem é vou falar novamente do caso de Christine O'Donnell, um errro crasso que entregou de mão beijada um lugar aos democratas. Mas há mais exemplos onde as coisas podem correr mal.

 

O Nevada é um caso sintomático: Sharron Angle até pode vencer Harry Reid e as sondagens até têm lhe dado uma ligeira vantagem nas últimas semanas. Mas com um outro candidato mais convencional, o destino do líder da maioria democrata já estaria traçado. Ainda na semana passada foi publicada uma sondagem que colocou o nome de Danny Tarkanian no boletim de voto em vez de Angle. O candidato derrotado nas primárias venceria confortavelmente Harry Reid. Angle simplesmente não tem jeito para a política, e algumas das suas intervenções continuam a ser, no mínimo, estranhas. Nunca na vida seria eleita Senadora dos Estados Unidos num ciclo eleitoral normal.

 

O Colorado é um swing state que neste momento tem dois senadores e um governador democrata, e votou em Barack Obama em 2008. Nos últimos anos, fruto da migração da California e dos hispânicos, este estado tem-se aproximado dos democratas. Mas 2010 é um ano diferente, e os republicanos têm/tinham grandes possibilidades de sucesso eleitoral. Para o senado escolheram um desconhecido, Ken Buck, mas apoiado pelo tea party. Uma eleição que deveria estar garantida contra o impopular senador Michael Bennet, neste momento encontra-se praticamente em empate técnico. E não sei se este tipo de declarações sobre a homosexualidade o vai ajudar neste combate.

 

No Alaska a situação também é problemática, apesar de não haver perigo deste lugar cair para os democratas. A senadora Lisa Murkoswki, que se candidatou depois de perder as primárias republicanas, já anunciou que se ganhar irá manter-se no caucus republicano. Joe Miller é um candidato articulado, mas que tem feito uma campanha ortodoxa. Depois de serem conhecidos alguns aproveitamentos pessoais que retirou do estado federal de programas que tem manifestado a sua oposição, disse que deixaria de falar com a imprensa sobre o seu passado. E este fim de semana, uns seguranças da sua campanha... prenderam um blogger que o tentava entrevistar durante uma acção de campanha. E a Primeira Emenda? Não é Joe Miller um defensor da Constituição Americana?

 

E porque será que no Kentucky, um estado tradicionalmente republicano, continua a ter sondagens que indicam alguma proximidade num ano como este? Aqui o caso é diferente, pois Rand Paul parece-me um candidato bem preparado e que, depois dos erros iniciais, tem feito uma boa campanha. E tenho poucas dúvidas que será senador a partir de 2011. Mas uma escolha mais convencional teria garantido esta vitória à partida e ninguém falaria desta corrida. E diga-se, o seu apelido Paul não é um grande suporte em certas franjas do eleitorado republicano e independente. Os milhões que estão a ser investidos neste Estado poderiam estar a ser gastos noutras corridas.


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