07
Mai 11
publicado por Nuno Gouveia, às 22:48link do post | comentar | ver comentários (2)

 

Aconselho a leitura deste excelente ensaio do Bernardo Pires de Lima na Notícias Sábado. Mas não acredito que o sucesso desta operação vá facilitar muito a reeleição de Obama. Com o estado da economia, o debate irá centrar-se sobretudo aí. Ajuda a construir uma narrativa de sucesso desta Presidência, mas na hora de votar, serão os assuntos económicos a pesar na balança dos eleitores moderados e que decidem as eleições. Lembremo-nos da popularidade estratosférica do Pai Bush por esta altura do seu mandato por causa da Guerra do Golfo. Quem o deitou abaixou foi precisamente a economia. Por outro lado, e apesar do folclore que tem rodeado estas primárias republicanas, não deverá ser um dos "radicais, excêntricos e até patéticos" (concordo inteiramente com a descrição do Bernardo) a vencer. Estejamos atentos aos governadores credíveis na corrida: Romney, Pawlenty e provavelmente Daniels e Huntsman. Se por acaso um candidato do folclore (Palin, Bachmann ou Trump) vencesse as primárias, então o assunto para Obama poderia ficar resolvido. 


03
Fev 11
publicado por Nuno Gouveia, às 16:52link do post | comentar | ver comentários (1)

O momento egípcio, de Bernardo Pires de Lima. Neste artigo, aborda-se o que está em causa neste momento no Egipto e qual deverá ser a reação dos países ocidentais.

 

Cenários radicais, de Luís Naves. Neste post, o autor refere um post que escrevi no Cachimbo de Magritte. Não contesto que existe uma possibilidade da Irmandade Islâmica vencer umas eleições democráticas. O que quis dizer é precisamente que essa vitória não é assim tão provável de acontecer. De resto, Luís Naves aborda a temática da previsível influência da Irmandade Muçulmana num Egipto pós Mubarak de uma forma talvez demasiado optimista. Não acredito que seja provável que sigam o exemplo dos islamitas turcos. Mas é uma reflexão que aconselho a ler.


11
Dez 10
publicado por Nuno Gouveia, às 11:03link do post | comentar | ver comentários (2)

Charles Krauthammer, conservador, considera que Barack Obama fez um brilhante acordo que lhe pode valer a reeleição. Paul Krugman, "liberal", ataca o Presidente e critica o acordo entre republicanos e Obama. A opinião maioritária pende para o lado de Krugman e Krauthammer tem sido uma voz minoritária no campo republicano. O que prova que nem tudo é preto e branco. Como em muitos outros assuntos.

 

Krauthammer:

Obama's public exasperation with this infantile leftism is both perfectly understandable and politically adept. It is his way back to at least the appearance of centrist moderation. The only way he will get a second look from the independents who elected him in 2008 - and abandoned the Democrats in 2010 - is by changing the prevailing (and correct) perception that he is a man of the left.

 

Krugman:

This political reality makes the tax deal a bad bargain for Democrats. Think of it this way: The deal essentially sets up 2011-2012 to be a repeat of 2009-2010. Once again, there would be initial benefits from the stimulus, and decent growth a year before the election. But as the stimulus faded, growth would tend to stall — and this stall would, once again, come in the months leading up to the election, with seriously negative consequences for Mr. Obama and his party.



30
Nov 10
publicado por Nuno Gouveia, às 14:37link do post | comentar | ver comentários (1)

Nos Estados Unidos, da esquerda à direita, as condenações às fugas de informação provocadas pelo Wikileaks foram quase unânimes. Destaque para algumas:

 

O Wall Street Journal, num editorial muito duro, considera Julian Assange inimigo dos Estados Unidos e apela a uma nova legislação sobre este tipo de acções provocatórias.

 

Jeffrey Smith, no Washington Post, exige que os responsáveis sejam acusados pela justiça americana e pede também que o sistema de partilha de informações seja reformado pelo Departamento de Estado.

 

O Boston Globe, em editorial, questiona como foi possível aos Estados Unidos permitirem esta fuga de informação.

 

James Gordon Meek, no NY Daily News, acusa o Wkileaks de colocar em perigo a vida de inocentes e agentes americanos.


25
Nov 10
publicado por Nuno Gouveia, às 16:11link do post | comentar

Obama é o primeiro Presidente do Pacífico . É o primeiro Presidente que assume o seguinte: a sua visão do mundo é marcada pelo Oceano Pacífico (i. e., pelas relações entre os EUA e os asiáticos), e não pelo Oceano Atlântico (i. e., pelas relações entre os EUA e a Europa). Isto é uma questão de facto, e não de opinião. Olhem para um discurso de Obama de Novembro de 2009: "o Pacífico ajudou a moldar a minha visão do mundo (...) enquanto primeiro Presidente do Pacífico, prometo-vos que esta nação do Pacífico (os EUA) fortalecerá e apoiará a nossa liderança nesta importante parte do mundo".

 

Henrique Raposo, no Expresso.


23
Nov 10
publicado por Nuno Gouveia, às 12:26link do post | comentar

Barack Obama esteve em Portugal no passado fim de semana. Muito foi escrito na imprensa portuguesa sobre o Presidente americano, muitos panegíricos, mas também textos realistas. Dentro desta última categoria, aconselho a leitura deste ensaio do Bernardo Pires de Lima na Notícias Sábado.


22
Nov 10
publicado por Nuno Gouveia, às 16:03link do post | comentar

Os blogues de especialistas em comunicação são os que mais escrevem sobre os Estados Unidos. É lá que encontramos as perspectivas mais interessantes escritas em português sobre o panorama mediático americano. Deixo três recentes exemplos disso.

 

Rui Calafate, no It´s PR Stupid, aborda aqui o novo Reality Show de Sarah Palin.

 

Alexandre Guerra, no Piar, analisa o regresso do "Compassionate Conservativism", promovido por Karl Rove.

 

Luís Paixão Martins, no Lugares Comuns, e num contexto diferente, escreve sobre Tina Brown, a editora/fundadora do popular site Daily Beast, e agora também a responsável pela Newsweek.


20
Out 10
publicado por Nuno Gouveia, às 10:52link do post | comentar

Howard Kurtz foi até há pouco tempo colunista do Washington Post sobre media e política, e apresenta semanalmente na CNN o programa "Reliable Sources". Esta semana passou a escrever para o Daily Beast e arrancou com uma crónica polémica, mas cheia de motivos de interesse.

 

The media narrative by now is set in concrete: The voters are teed off, rising up, mad as hell and ready to wreak havoc.

There is a whiff, if you read between the lines, that the expected outcome is somehow unjust. The Democrats are going to get their backsides handed to them, in this telling, because the Obama administration has clumsily failed to explain what it’s done for the folks, and because of slightly scary passions unleashed by the Tea Party crazies.

The journalistic tone was somewhat different in 2006, when exasperated voters handed the House and Senate to the Dems, and 2008, when Barack Obama sold himself as a post-partisan savior.

 

Ler artigo completo.


18
Out 10
publicado por Nuno Gouveia, às 16:34link do post | comentar

In the past week, there's been a subtle but perceptible change in the relative way the two parties are playing the expectations game. Republicans, cautiously hopeful for months, are now flexing muscle and making taunts: We have the issues, the money, the momentum, and there's nothing the impotent President can do about it. The GOP's strategy is unlikely to change: From now to Election Day — from Fox News to Rush Limbaugh to the party's elected leaders and shogun surrogates like Sarah Palin — expect exultant chest-thumping. You can't stop us now.

 

Democrats face a more complicated situation. Ever since White House press secretary Robert Gibbs created an intraparty uproar in July by speculating that Democrats theoretically could lose majority control of the House of Representatives, the party has had trouble finding the balance between brash conviction (which might seem deluded now and foolish on Nov. 3) and wistful realism, leavened by some can-do optimism, in order to get dispirited Democrats engaged to vote.

 

Mark Halperin, The Time


15
Out 10
publicado por Nuno Gouveia, às 10:53link do post | comentar

É verdade que o movimento Tea Party tem muitas pessoas com ideias populistas e lunáticas. Mas também é verdade que este movimento altamente descentralizado se tornou num curtíssimo espaço de tempo numa plataforma política tão popular como os Partidos Democratas e Republicanos juntos. Acho que aqueles que na Europa olham para esta constelação política como uma aberração passageira estão enganados. A rápida ascensão deste movimento informal e espontâneo mostra que algo de muito profundo se está a passar no centro e na direita americana.

 

Aconselho a leitura do artigo de Miguel Monjardino no Expresso.


11
Out 10
publicado por Nuno Gouveia, às 15:11link do post | comentar

Mark Halperin escreveu hoje uma crítica devastadora sobre Barack Obama. Vindo de um analista independente e credível como Halperin, esta análise deverá ter enfurecido o circulo restrito da Casa Branca e do Partido Democrata.

 

Barack Obama is being politically crushed in a vise. From above, by elite opinion about his competence. From below, by mass anger and anxiety over unemployment. And it is too late for him to do anything about this predicament until after November's elections.

With the exception of core Obama Administration loyalists, most politically engaged elites have reached the same conclusions: the White House is in over its head, isolated, insular, arrogant and clueless about how to get along with or persuade members of Congress, the media, the business community or working-class voters. This view is held by Fox News pundits, executives and anchors at the major old-media outlets, reporters who cover the White House, Democratic and Republican congressional leaders and governors, many Democratic business people and lawyers who raised big money for Obama in 2008, and even some members of the Administration just beyond the inner circle.



05
Set 10
publicado por Nuno Gouveia, às 17:52link do post | comentar

One of the puzzling questions about Barack Obama's presidency is how the post-partisan candidate of 2008 became the polarizing chief executive of 2010. The answer may be surprising. He was far more polarizing from the start than many recognized. His choices in office and his opponents' responses have only hardened that divide.


During the campaign, Candidate Obama talked about the need to put the partisan divisions of the past behind. His victory fostered discussion about whether the country had turned a corner after years of bitter partisanship. In the glow of his inauguration, some people heralded a new era in American politics.

 

Dan Balz, Washington Post


31
Jan 10
publicado por Nuno Gouveia, às 17:48link do post | comentar

1. Charles Krauthammer escreve sobre o tratamento dado pela Administração Obama ao terrorista que tentou explodir um avião no Natal. 

2. Andrew Sullivan aborda os problemas de uma sociedade americana profundamente dividida entre esquerda e direita, e as dificuldades da agenda da Administração Obama. 

3. Ainda sobre o discurso do Estado de União, Peggy Noonan no WSJ

4. Por cá, destaco a análise do Bernardo Pires de Lima ao discurso de Obama.


24
Jan 10
publicado por José Gomes André, às 19:57link do post | comentar

1. No Expresso desta semana (um bom manancial de artigos sobre os EUA), Miguel Sousa Tavares discorre sobre a tragédia do Haiti e o (essencial) papel norte-americano no plano de ajuda internacional, sublinhando que - pese embora erros recentes - nenhum outro país tem (ainda) os meios e sobretudo o prestígio dos americanos: 

"[...] os que estão no terreno e os que vêm de fora sabem bem que a única esperança para o Haiti é a presença americana. Não são os únicos que lá estão, mas são os únicos que o podem salvar, porque têm os meios, a vontade e a capacidade de organização para tal. A nação indispensável".

 

2. Também no Expresso, um artigo demolidor de Rui Ramos sobre a Administração Obama, que descreve verdadeiramente a queda de um anjo. Ramos sublinha, por outro lado, como os equilíbrios pretendidos por Obama dependem de várias circunstâncias que não pode controlar, e que por isso mesmo desaconselhariam as expectativas colossais que o mesmo foi alimentando ao longo da sua campanha.

"[...] A história da Presidência de Obama pode ainda vir a ser escrita, tal como a de Bush, numa imprevista caverna da Ásia. Antigamente, sabia-se que o acaso e a sorte contavam. Quando um jovem lhe perguntou o que é que mais temia,o velho Harold Macmillan ter-lhe-á dito: «Events, dear boy, events». Talvez aprendamos isso de novo com Obama."

 

3. Em língua inglesa, destaque para este excelente artigo no Washington Post sobre a nova estratégia Republicana na Internet, num palco onde os Democratas têm sido até agora predominantes (via José Manuel Fernandes).


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