1. No Expresso desta semana (um bom manancial de artigos sobre os EUA), Miguel Sousa Tavares discorre sobre a tragédia do Haiti e o (essencial) papel norte-americano no plano de ajuda internacional, sublinhando que - pese embora erros recentes - nenhum outro país tem (ainda) os meios e sobretudo o prestígio dos americanos:
"[...] os que estão no terreno e os que vêm de fora sabem bem que a única esperança para o Haiti é a presença americana. Não são os únicos que lá estão, mas são os únicos que o podem salvar, porque têm os meios, a vontade e a capacidade de organização para tal. A nação indispensável".
2. Também no Expresso, um artigo demolidor de Rui Ramos sobre a Administração Obama, que descreve verdadeiramente a queda de um anjo. Ramos sublinha, por outro lado, como os equilíbrios pretendidos por Obama dependem de várias circunstâncias que não pode controlar, e que por isso mesmo desaconselhariam as expectativas colossais que o mesmo foi alimentando ao longo da sua campanha.
"[...] A história da Presidência de Obama pode ainda vir a ser escrita, tal como a de Bush, numa imprevista caverna da Ásia. Antigamente, sabia-se que o acaso e a sorte contavam. Quando um jovem lhe perguntou o que é que mais temia,o velho Harold Macmillan ter-lhe-á dito: «Events, dear boy, events». Talvez aprendamos isso de novo com Obama."
3. Em língua inglesa, destaque para este excelente artigo no Washington Post sobre a nova estratégia Republicana na Internet, num palco onde os Democratas têm sido até agora predominantes (via José Manuel Fernandes).