23
Jan 10
publicado por Nuno Gouveia, às 16:35link do post | comentar

Na próxima quarta-feira, Barack Obama vai discursar perante as duas câmaras do Congresso, no tradicional State of the Union Adress. Um dos assuntos mais aguardados na sua declaração é precisamente a sua posição sobre a reforma da saúde. Depois da derrota dos democratas no Massachusetts, as dúvidas sobre o futuro desta reforma adensaram-se. Mas Obama discursou ontem no Ohio, e deu a entender que não vai desistir. 

 

Uma sondagem da Gallup refere que 55 por cento dos americanos pede o fim desta reforma, contra 39 por cento que pensa que os democratas devem avançar. Bill Clinton disse que o desastre das eleições de 1994 foi precisamente por terem desistido da reforma da saúde. Obama parece acreditar nisso, e está disposto a prosseguir. Se deixasse cair a reforma, a sua base de apoiantes iria sentir-se traída, complicando ainda mais a sua tarefa neste ano eleitoral. Pelo que depreendi das suas palavras no Ohio, Obama deverá anunciar na próxima quarta-feira que não desiste, e que irá continuar a apoiar esforços para aprovar uma nova lei da saúde. Mas ao não desistirem, Obama, Pelosi e Reid deverão encontrar um caminho para o sucesso. Que neste momento ainda não se vislumbra. 

 

Chris Matthews, apresentador do Hardball da MSNCB, em entrevista ao congressista democrata da Florida Alan Grayson, disse que era impossível aprovar a lei através do procedimento de reconciliação. A argumentação de Matthews,  e não desmentida por Grayson (parecia que não sabia do que estava a falar), é que é impossível criar uma nova legislação de base através deste método. Não sei se é verdade, mas este seria o método mais curto para avançar desde já. A outra possibilidade, que já referi aqui, não é neste momento uma hipótese, pois não existem os votos na Câmara dos Representantes para aprovar a lei do Senado. Se estes dois cenários estão realmente afastados, como poderão os democratas avançar?

 


Chamar "Reforma" à "federalização" compulsiva (se não o for assumido na primeira "reforma", nada como as outras que vierem a seguir) da Saúde...acho que Reagan tem um discursos antigo em como apontava que o socialismo na América teria lugar quando tal acontecesse.
Carlos Novais a 23 de Janeiro de 2010 às 17:45

Esse é o nome dado pelos media à Health Care Bill... Mas talvez Reagan tivesse razão nesse discurso :)
Nuno Gouveia a 23 de Janeiro de 2010 às 17:50

Para seguir com atenção esta questão...

Parabéns a dois "interessados e conhecedores" da matéria! Excelente a ideia do blog!
Hélder Renato a 23 de Janeiro de 2010 às 18:49

Parece que há uma ideia a ser sériamenre considerada:

http://voices.washingtonpost.com/postpartisan/2010/01/how_the_democrats_may_solve_th.html#more
Vega9000 a 23 de Janeiro de 2010 às 17:51

Hmmm... Bastante interessante esta ideia!

A ver vamos se se concretiza.
up_north a 23 de Janeiro de 2010 às 20:54

Vai depender da liderança de Obama.
O discurso do Estado da união vai ser interessante de seguir...
Vega9000 a 23 de Janeiro de 2010 às 21:25

Da liderança de Obama sim, mas não só.

O artigo do Washington Post é bem claro neste aspecto. O comportamento dos Democratas, em ambas as Câmaras, vai ser decisivo.
up_north a 23 de Janeiro de 2010 às 21:32

arquivos
2017:

 J F M A M J J A S O N D


2016:

 J F M A M J J A S O N D


2015:

 J F M A M J J A S O N D


2014:

 J F M A M J J A S O N D


2013:

 J F M A M J J A S O N D


2012:

 J F M A M J J A S O N D


2011:

 J F M A M J J A S O N D


2010:

 J F M A M J J A S O N D


pesquisar neste blog