Estamos a dois meses das eleições e as notícias continuam a ser péssimas para o Partido Democrata. Larry Sabato, estudioso do fenómeno eleitoral americano da Universidade da Vírginia, prevê que os republicanos vão assumir o controlo da Câmara dos Representantes, com ganhos superiores a 47 lugares (precisam de conquistar 39 para a maioria). No Senado, Sabato considera que o mais provável é que os republicanos conquistem entre 7 e 9 lugares, ficando portanto afastados da maioria.
O mês de Agosto foi positivo para os republicanos, pois alguma coisa mudou desde que publiquei este mapa há um mês. Marco Rubio (Florida) e Dino Rossi (Washington) provavelmente ganhariam as eleições se fossem hoje. Ao contrário do que sucedia em Julho, as últimas sondagens têm sido favoráveis aos republicanos, pelo que o favoritivismo neste momento recai sobre eles. No New Hampshire e Lousiana, os republicanos ganharam vantagem no último mês, estando neste momento mais confortáveis na liderança. Por fim a West Wirginia, que vai a votos numa eleição especial para subsituir o falecido Robert Byrd, poderá ser mais renhido do que se pensava, depois do popular governador democrata Joe Manchin ter avançado. Num estado fortemente republicano, a impopularidade de Obama poderá colocar em causa a sua eleição. Em sentido inverso, no Alaska (depois da derrota da senadora Lisa Murkowski perante o candidato do tea party) e na Carolina do Norte, surgiram sondagens que indicam que os democratas terão algumas hipóteses de ganhar estas eleições.
Segundo este mapa, os republicanos, se as eleições fossem hoje, poderiam "roubar" oito lugares aos democratas, ficando com 49 lugares contra 51 dos democratas. Como afirmou Larry Sabato no seu artigo, seria interessante saber o que fariam Joe Libberman (independente do Connecticut) e Ben Nelson (democrata do Nebraska) numa situação destas. Será que mudavam para o lado republicano?