Para além das eleições mediáticas no Kentucky (no lado Republicano) e na Pensilvânia (do lado Democrata), a que o Nuno aludiu, ontem houve ainda uma série de disputas em diversos Estados americanos. Destaquemos três casos importantes. No Kentucky, assistiu-se a uma eleição renhidíssima entre os Democratas, para a escolha do candidato ao Senado. Venceu o Procurador-Geral Jack Conway, por uma unha negra (mais 4 mil votos que Daniel Mongiardo, em 520 mil). Conway, um jovem político, tem uma base forte no eleitorado urbano e as suas posições centristas tornam-o um candidato viável em Novembro. Será o adversário de Rand Paul, numa disputa certamente interessante de seguir. As últimas sondagens davam ligeira vantagem ao (agora) nomeado Republicano: 1% (PPP) e 3% (Research2000).
No Arkansas tivemos também Primárias para o Senado, com o Republicano John Boozman a vencer confortavelmente, mas com a Democrata Blanche Lincoln (a actual senadora) a ficar-se pelos 45% do lado Democrata (contra os 43% de Bill Alter). As regras exigem uma maioria absoluta, e por isso haverá uma segunda volta entre os Democratas. Em todo o caso, a eleição geral (em Novembro) deverá ser ganha pelos Republicanos, pelo que o actual suspense do duelo Lincoln-Halter perde algum interesse.
Nota ainda para um curioso duelo no 12º distrito congressional da Pensilvânia, motivado pela morte de John Murtha, que representara os Democratas no Congresso durante vários anos. Previa-se uma disputa muito renhida, mas o Democrata Mark Critz venceu o Republicano Tim Burns por 7 pontos de diferença. Esta vitória foi muito celebrada nas hostes Democratas, pois temiam que as recentes derrotas em eleições especiais levassem à perda de mais um lugar na Câmara dos Representantes. Tal não sucedeu nesta ocasião, embora seja naturalmente precipitado retirar daqui consequências para as disputas nacionais de Novembro.