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Dez 12
publicado por Nuno Gouveia, às 14:35link do post | comentar

Nas últimas semanas, após o anúncio que não iria cumprir o segundo mandato como Secretária de Estado, o nome de Hillary Clinton começou imediatamente a ser ventilado como possível sucessora de Barack Obama. Na verdade, poucos acreditam em Washington que Clinton não seja a nomeada, se ela for candidata. Mas recordo que quatro anos em política é uma eternidade, e o ambiente político será radicalmente diferente em 2016. Raramente um partido manteve a Casa Branca durante três ciclos eleitorais (o último foi o GOP após dois mandatos de grande sucesso de Ronald Reagan), e não se perspectiva que em 2016 os Estados Unidos vivam um período de optimismo e euforia como acontecia em 1988. Hillary Clinton atingiu o estatuto de política no activo mais popular, mas isso pode não quer dizer muito para 2016. 

 

Mas, imaginemos que chegamos ao final de 2014, o governo de Barack Obama é relativamente popular e vence as eleições intercalares. A pressão para Hillary Clinton avançar será enorme, e é bem possível que avance mais uma vez. Com 69 anos e uma popularidade enorme no Partido Democrata, Hillary deverá vencer facilmente as primárias. Não acredito que surja alguém capaz até 2016 de a derrotar internamente. O mais bem colocado, para mim, no campo democrata, Andrew Cuomo, governador de Nova Iorque, poderá ser um candidato fortíssimo, se Hillary não for candidata. Se esta avançar, este "liberal" no campo social e moderado nos assuntos económicos (uma mais valia para as eleições gerais), até pode decidir ficar em casa e esperar próxima oportunidade. E vencida a nomeação democrata, quem terá pela frente Hillary Clinton? É difícil responder a esta pergunta, mas arriscaria que há quatro nomes mais fortes do lado republicano: Bobby Jindal, Marco Rubio e Paul Ryan (todos com 45 anos em 2016) e Chris Christie (54 anos). Com excepção do governador de New Jersey, teríamos provavelmente um choque de gerações, com um candidato jovem e conservador, provavelmente com enorme entusiasmo e a juventude do seu lado, contra uma velha senadora da política americana, respeitada e acarinhada pelo povo americano. Faz lembrar alguma eleição? Quer isto dizer que acho que Hillary Clinton perderia com um destes candidatos? Não. A esta distância é extemporâneo afirmar o que quer que seja sobre 2016. Pode-se especular, como o faço neste post, mas parece-me que serão sempre umas eleições muito disputadas.


A diferença entre Hillary e McCain é que o republicano não tinha em seu partido o status que tem a sec. de estado. Se ela avançar, terá o apoio das dois grupos mais poderosos entre os democratas: o de Obama e o dos Clinton. Além disso, os jovens são mais inclinados aos democratas, por isso não tenho tanta certeza se Rubio, Ryan ou Jindal teriam grande apoio entre eles, a não ser em caso de uma grande impopularidade de Obama.
Joao Felipe a 11 de Dezembro de 2012 às 23:42

Haverá certamente mais diferenças do que essa entre Hillary e McCain. Mas não esquecer que se Joe Biden realmente avançar (penso que não terá hipóteses de obter a nomeação), o campo de Obama poderá dividir-se, até por questões de lealdade.

Biden não teia a minima hipotese. Hilary, até pela idade, parece-me dificil. Cuomo, talvez? De resto nas hostes democratas não existem grandes nomes. Talvez um qualquer governador obscuro fiscallmente moderado e progressista socialmente, do mid west...mas somente em 2014 se pode começar a pensar no tema a sério. Nos republicanos, os jovens parecem-mne todos pesos pluma. Eles necessitam de um lider carismático,que pareça estar acima do partido. Tipo Eisenhower!
Miguel Direito a 14 de Dezembro de 2012 às 15:00

Reagan foi eleito com 69 anos. Hillary também o poderá ser. De resto, concordo que não há grandes nomes nos Dems. E governadores no Midwest, só têm um: Pat Quinn no Illinois, que é fraquinho. Todos os outros são republicanos.

Os republicanos tinham um nome desses: David Petraeus. Mas depois do escândalo...
Nuno Gouveia a 14 de Dezembro de 2012 às 19:16

Convém lembrar que estamos a falar dos jovens de 2016, que podem não ter as mesmas inclinações politicas dos jovens atuais (comentário de um leitor da colheita de 1973, que pertenceu cronologicamente à geração "P´rá frente Portugal"/"Alex P. Keaton").

Miguel, bem visto.

Grande Alex P. Keaton. Uma referência para qualquer conservador :)

Um abraço.
Nuno Gouveia a 16 de Dezembro de 2012 às 18:53

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