É normal as diferenças entre os candidatos diminuirem nos dias que antecedem as eleições. Este ano, tivemos também um fenómeno extra-humano (Al Gore diria que não o é), que foi o Furacão Sandy, o qual permitiu ao Presidente Obama assumir-se como presidente durante uns dias, em vez de ter de estar na pele do simples candidato Obama, o que decerto lhe terá trazido um aumento de popularidade.
Desde a chegada do furacão, temos estado restringidos em termos de sondagens, como já referi , e essencialmente tem-nos faltado a "tracking-poll" da Gallup, que estava a dar a Mitt Romney vantagens nunca inferiores a 4% desde há algum tempo.
A Gallup irá, segundo informa, publicar apenas mais uma sondagem antes das eleições, mas essa não é a questão essencial, até porque há outras sondagens respeitáveis. As coisas podem ter-se tornado mais renhidas, favorecendo Barack Obama, mas a questão essencial, mais histórica e estatística que meramente sujeita ao mundo cada vez mais incerto das sondagens, é que as questões básicas, os "fundamentals", continuam a ser desfavoráveis ao Presidente: menos de 40% dos americanos acham que o país está "no caminho certo", e a taxa de desemprego subiu para 7,9% no último mês.
Nenhum presidente, desde Franklin Roosevelt em 1936, foi reeleito com uma taxa de desemprego superior a 7,2%.
Quanto ao Colégio Eleitoral, último refúgio e esperança daqueles que temem perder o voto popular, sejam de que partido forem: se qualquer dos dois candidatos tiver uma vantagem no voto popular superior a 1%, dificilmente perderá no Colégio Eleitoral.
Terca-Feira vai ser uma longa noite!