Os comentadores nacionais e internacionais insistem que sim, que o Ohio - tal como em 2004 - decidirá o vencedor da eleição. Não duvido das suas propriedades de "Estado-barómetro", pois o Ohio é um verdadeiro espelho da nação (em termos demográficos, económicos, sociais, etc.), mas é demasiado simplista reduzir a complexidade da corrida a um único "swing-state". A verdade é que, em termos simplesmente numéricos, a combinação de outros Estados determinantes, como a Virgínia, Colorado e Wisconsin soma por exemplo 32 Votos Eleitorais (contra 18 do Ohio).
A minha convicção - e apoio-a nas simulações que tenho feito no excelente www.270towin.com - é que o Ohio é decisivo sobretudo para Romney. Para os Republicanos, não vejo nenhum caminho razoável no Colégio Eleitoral que permita alcançar os 270 Votos necessários sem o Ohio. Já Obama pode consegui-lo, se porventura ganhar a Virgínia com a combinação Iowa+Wisconsin+Nevada, Estados onde leva aparentemente alguma vantagem. Outro caminho possível seria perder a Virgínia, mas triunfar no Colorado e New Hampshire. São soluções curtas, mas constituem pelo menos um Plano B para Obama, Plano esse que nesta fase Romney não parece dispor.
Os dois mapas possíveis para Obama ganhar sem o Ohio: hipótese 1 e hipótese 2.