Foto de Minneapolis
Romney e os seus aliados estão a fazer novos investimentos publicitários em estados que têm votado fielmente democrata nas últimas décadas. Nem falo do Wisconsin, porque depois da escolha de Paul Ryan, tem sido consistentemente considerado um swing-state. Nos últimos dias compraram espaços publicitários no Michigan, estado natal de Romney, na Pensilvânia (só Karl Rove depositou aqui dois milhões de dólares) e no Minnesota, um estado que deu a última vitória presidencial a um republicano em 1972, a Richard Nixon. Há duas interpretações e ambas parecem-me válidas. Romney considera que não tem seguro um caminho para a vitória, e procura desesperadamente alcançar uma vitória surpresa num destes estados, o que lhe poderia garantir a eleição. Por outro lado, e a exemplo do que sucedeu em 2008 quando Obama nos últimos dias despejou milhões de dólares no Indiana e Missouri, acabando por vencer no Indiana, algo que não sucedia com um democrata deste 1964, Romney tenta apanhar Obama desprevenido, pois tem aparecido nestes estados abaixo dos 50% nas sondagens. A equipa de Obama vai acenando para o primeiro cenário, mas ao mesmo tempo vai investindo milhões de dólares em anúncios nestes estados como reposta, e ainda hoje enviou Bill Clinton para Minneapolis (Minnesota) fazer campanha. Diria que os "verdadeiros" swing-states destas eleições permanecem os mesmos: Wisconsin, Ohio, Florida, Iowa, Colorado, New Hampshire, Nevada, Carolina do Norte, Virgínia e Florida. Mas no dia 6 de Novembro estarei também atento a estes três.