A Gallup é provavelmente o nome mais credível no mundo das sondagens americanas. Hoje coloca Mitt Romney com uns surpreendentes 52% contra 45% de Obama. Ontem Karl Rove disse que nunca um candidato que teve uma vantagem tão grande na Gallup a meio de Outubro perdeu as eleições. Mas o "problema" com estes números é que as restantes tracking polls dão resultados bem diferentes, com a Rasmussen a dar dois pontos a Romney e a da Investor Bussiness Daily a dar empate. Além disso, nos Swing-states há um relativo equilíbrio, até com alguma vantagem para Obama no Ohio, Iowa, New Hampshire e Wisconsin, os estados que o Presidente parece mais apostar nesta recta final. Se Romney estivesse verdadeiramente sete pontos à frente, os resultados seriam diferentes nos swing-states. O mais certo é que seja um outlier, mas sendo da Gallup fica sempre no ar a dúvida.
Segundo uma sondagem da Pew Research, e a quatro dias do último debate sobre política externa, Mitt Romney recuperou terreno na percepção dos eleitores relativos a esta temática: 47% dos eleitores considera Barack Obama mais capaz de tomar decisões sobre política externa, enquanto 43% dá a Mitt Romney vantagem. Esta é uma grande alteração em relação ao passado recente. No último estudo da Pew, Obama tinha 15 pontos de vantagem sobre Romney. Segundo a Pew, é na China que Romney tem vantagem sobre Obama, o que se percebeu facilmente no último debate. Um aperitivo para o debate de segunda-feira.
A revista Newsweek irá deixar de ser impressa em 2013, ficando apenas com presença no digital. A actual directora, Tina Brown, assumiu no ano passado a liderança da revista com a promessa de a revigorar. Depois de algumas capas bombásticas e uma viragem à esquerda, a revista não resistiu à crise que afecta quase todos os meios impressos. Não deixa de ser um sinal dos tempos, uma das publicações mais antigas dos Estados Unidos morrer desta forma. A partir de agora a Newsweek irá ser o Daily Beast.