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Set 12
publicado por Alexandre Burmester, às 23:17link do post | comentar

Ora bem, lendo o artigo do Nuno Gouveia sobre a tendência das sondagens, eu diria que, sem retirar nesta fase favoritismo a Barack Obama, há alguns factores a ter em conta:

 

1. Mesmo as sondagens que tomam apenas em consideração votantes prováveis não têm todas uma ponderação democratas/republicanos, em termos de provável afluência em Novembro, completamente credível porque:

 

2. Muitas sondagens estão a usar um modelo de ponderação baseado na afluência de 2008, o que me parece verdadeiramente irreal;

 

3. Algumas sondagens (Rasmussen, Purple States, Survey USA) estão a basear os seus modelos numa ponderação algures entre a afluência partidária de 2004 e a de 2008, o que me parece mais realista. Mas mais:

 

4. Historicamente, desde 1972, a base republicana é tendencialmente mais fiel ao seu candidato que a democrática (grosso modo numa relação 82%/79%).

 

5. As convenções partidárias tiveram este ano lugar bem mais tarde que o normal, pelo que Obama (a convenção democrática foi a segunda, como compete ao incumbente) ainda estará a beneficiar do impulso das convenções; 

 

6. Ninguém - nem nas mais recônditas caves da Casa Branca ou de Chicago - aguarda uma afluência proporcionalmente tão grande de negros, hispânicos e jovens como a que teve lugar em 2008;

 

7. Obama continua basicamente empatado com Romney no fulcral segmento dos independentes, pelo que a sua "vantagem" actual nas sondagens poderá muito bem ser atribuída a questões de ponderação de afluência partidária.

 

Pelo que, a corrida continua, no meu entendimento, renhida. Nesta altura, em 2004, George W. Bush tinha uma vantagem média de 5,5% nas sondagens, mas acabou por ganhar por apenas 3 pontos percentuais (51/48). As corridas tendem a tornar-se mais renhidas para o final. Assim sendo, acho que o rufar de tambores por parte do partido do burro e seu côro nos media é essencialmente prematuro.


Não discordo nada do que dizes. Aliás, a maioria das sondagens têm colocado muito mais Dems do que Reps nas amostras, o que tende a favorecer Obama, como é evidente. Aliás, este republicano explica mais ou menos isso:

http://www.breitbart.com/Big-Journalism/2012/09/26/BREAKING-Democrat-Voters-Turnout-Advantage-Over-Republicans-Will-Break-All-Time-Records

No entanto, parece-me que o "momentum" nestas últimas três semanas esteve/está do lado de Obama e Romney precisa de inverter a situação. Nestas sondagens que temos visto (em regra) a vantagem tem aumentado para Obama.
Nuno Gouveia a 26 de Setembro de 2012 às 23:23

Sem dúvida, Nuno, não nego que a dinâmica da campanha parece estar do lado de Obama, mas que dizer de sondagens que incluem uma tão extravagante participação de democratas vs republicanos como as referidas pelo John Nolte? Numa corrida tão renhida é preferível ignorar as "media polls" e atentarmos apenas nas das empresas especialistas. Caso o não façamos, corremos o risco de fazer figura de Chicago Sun-Times em 1948!;-)

Caro Alexandre,

Obama já ganhou Romney está a copiar a campanha de Ferreira leite em 2009, se os EUA não fossem a superpotência que é, diria mesmo que a equipa de Romney foi a mesma de Ferreira leite em 2009. com a coincidência de que em ambos os casos do lado contrario candidatos que não cumpriram no essencial o que prometeram. Daqui a 4 anos haverá mais eleições esta já estão ganhas.

PS: Neste momento Romney para ganhar tinha que surgir uma bomba tipo "Obama é familiar de Bin Laden" Obama foi fundador da Al quaeda" e olhe que mesmo assim seria muito difícil. e estas eram uma eleições aparentemente fáceis para Romney vencer, eu acreditava nele para isso...
André a 27 de Setembro de 2012 às 09:08

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