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Set 12
publicado por Alexandre Burmester, às 17:34link do post | comentar

 

 

 

Dada a quase estagnação da economia americana e a persistência do desemprego acima dos 8%, o Presidente do Federal Reserve Board (Fed), Ben Bernanke, decidiu dar início a um terciro "round" de "quantitative easing" - trocado por múdos, imprimir dinheiro, propondo-se adquirir  $40 biliões por mês em obrigações.

 

Se, por um lado, isto contradiz a versão da Casa Branca de que a economia está a progredir, por outro vem colocar Bernanke no centro das atenções a menos de dois meses das presidenciais, pois alguns vêm a sua intervenção neste momento como interferência no processo político.

 

No campo técnico, há quem duvide que este "round" de "quantitative easing" tenha sucesso, e alguns consideram até que poderá ser pernicioso no médio prazo.

 

Entretanto, Mitt Romney deu a entender que substituirá Bernanke se for eleito, dizendo que gostaria de ter à frente do Fed alguém por ele nomeado, e que essa pessoa não será Bernanke.


O índice de confiança do consumidor americano subiu.
O número de pessoas que acham que o país está no caminho certo subiu.
Obama superou Romney no quesito economia na pesquisa do NYT.
Isso depois de números decepcionantes sobre emprego em agosto.
Porque isso está acontecendo? Sinceramente, não sei.
Joao Felipe a 15 de Setembro de 2012 às 21:15

"O número de pessoas que acham que o país está no caminho certo subiu."

Pois, até pode ter subido, mas diga lá qual a percentagem que acha que o país está no caminho errado!

Sobre Bernanke, hoje os republicanos o consideram um traidor. Gente menos partidaria, como Martin Wolf do Financial Times, considera que ele salvou o mundo de um colapço economico em 2009. Preciso dizer que merece mais credibilidade?
Joao Felipe a 15 de Setembro de 2012 às 21:18

2009 foi 2009, e até aprecio os artigos do Martin Wolf. Mas estamos em 2012, e Bernanke, ao aperceber-se do falhanço das políticas de Obama, enceta, com uma certa falta de imaginação, nova fase de "quantitative easing".


Caro Alexandre. Na outra coluna você disse que ficou muito próximo dos resultados eleitorais de 2010.
Você já teria palpites sobre as eleições para a cámara, senado e colégio eleitoral?
Joao Felipe a 15 de Setembro de 2012 às 21:21

Ainda não me debrucei sobre esses temas, meu caro, até porque é relativamente cedo, mas em devido tempo tenciono fazê-lo.

E assim se aproxima um ticket republicano das ideias do Ron Paul para extinguir a Reserva Federal e de que imprimir moeda é pecado.. Btw, o Banco é composto por um grupo bipartidário, ao que sei.

O timing pode ser mau, politicamente, mas o ciclo para o novo QE calha neste momento, ou não?
pedrop a 16 de Setembro de 2012 às 03:17

Nunca Mit Romney defendeu o fim do Fed e não é, por princípio, contrário à impressão de moeda, aoenas questionará o seu excesso. Porque o excesso de impressão de moeda conduz, no longo prazo, a alta inflação. Vide a República de Weimar, o Brasil de até há bem pouco, e o Zimbabué.


De acordo, o excesso é perigoso. Não sei se o limite de sustentabilidade estará próximo. Mas , pelas declarações do candidato a vice, não é só esse excesso que é criticado, e sim a própria impressão como instrumento de política económica...
http://politicalticker.blogs.cnn.com/2012/09/15/ryan-calls-federal-reserve-actions-insidious/
pedrop a 16 de Setembro de 2012 às 22:04

Bom, mas essa posição de Paul Ryan, por discutível que possa ser, não pode ser apelidade de "extremista", adjectivo demasiado usado no vernáculo político. É uma posição legítima, mesmo que, porventura, possa estar errada.

Ah, desculpe, escapou-me a resposta à última parte do seu comentário. Não sei se o ciclo para o novo QE "calha neste momento", e questiono a sua eficácia.

Comparem-se os dados do estado sócio-económico dos EUA no final do mandato de Bush com os do final de mandato de Obama...

Daqui a 4 anos há mais...
Southern Confederated Gentleman a 16 de Setembro de 2012 às 12:52

Sim, compare-se, especialmente no que dis respeito à dependência de "food stamps".

Sim, comparem-se os dados principais que permitam verificar tendência globais, e não indicadores focalizados e unidimensionais.
Southern Confederated Gentleman a 17 de Setembro de 2012 às 11:20

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