As convenções partidárias são um momento único para os candidatos se darem a conhecer ao eleitorado. Isto não se aplica, claro aos candidatos-presidentes, já sobejamente conhecidos. Como resultado dessa oportunidade, normalmente os candidatos retiram das convenções um claro benefício nas sondagens.
Há 4 anos nenhum dos candidatos era presidente, e John McCain saíu da Convenção Republicana de Minneapolis em vantagem sobre Barack Obama (estando o Partido Republicano na Casa Branca, a sua convenção foi a última das duas). O problema - do ponto de vista de McCain - foi a falência da Lehman Brothers a meados de Setembro, a partir da qual a sua campanha ganhou uma inevitável aura de derrota (possivelmente, Obama teria ganho na mesma, mas a eleição teria sido mais renhida).
Este ano é apenas Mitt Romney que pode contemplar a possibilidade de ganhar um bom impulso eleitoral com a sua convenção partidária, e é bem possível que saia de Tampa em vantagem nas sondagens. Na próxima semana os democratas reunir-se-ão em Charlotte, Carolina do Norte, para tentar um contra-ataque, mas o efeito não será o mesmo. Por vezes os presidentes até saem das convenções pior do que entraram - vide George H.W. Bush que, em 1992, terminou a Convenção Republicana mais distante de Bill Clinton do que antes dessa assembleia magna.
Seja como for, é a partir daqui que a campanha entra na sua fase mais séria. Muita gente só começa a sintonizar-se com o fenómeno a partir das convenções e do feriado do Dia do Trabalho, no início de Setembro. E ainda vamos ter três debates presidenciais e um debate vice-presidencial.
