Conforme o Nuno Gouveia já aqui no blog algumas vezes referiu, a mais forte hipótese de o Presidente Obama conseguir bater Mitt Romney seria através da tentativa da destruição deste seu rival.
E, de facto, temos recentemente assistido a uma bem montada - e melhor financiada - campanha nesse sentido. O tempo de Mitt Romney à frente da Bain Capital, e a sua alegada "exportação" de empregos, caíriam que nem sopa em mel em tempos de dificuldades económicas.
A isso acresce o facto de Mitt Romney ser o mais rico candidato de todos os tempos de qualquer dos partidos (incluindo os riquíssimos Kennedy) a concorrer à Casa Branca.
A América pode ter mudado devido à crise, mas "a política da inveja" nunca foi boa conselheira na "terra da oportunidade". E a atestar o que digo estão as sondagens, as quais praticamente se não moveram apesar desta barragem de artilharia.
Os números da economia têm piorado, e há já até quem alvitre - incluindo comentadores britânicos, ou seja, fora desta guerra - que o país está de novo em recessão.
Assim sendo, a questão é: será que os americanos, na altura de votarem, vão estar mais preocupados com a Bain Capital, ou com o estado da economia?