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Em plena campanha eleitoral, Barack Obama muda de opinião e declara-se a favor do casamento entre homossexuais. Apesar de não ser surpresa para ninguém, esta atitude não deixará de ser encarada como uma jogada política, pois este "flip-flop" surge numa altura em que pela primeira vez a maioria dos americanos declara-se a favor, segundo as mais recentes sondagens. Esta opção acarreta riscos mas também vantagens para o Presidente. Por um lado, Obama injecta energia na sua base eleitoral, maioritariamente a favor, fará com que aumentem contribuições financeiras da comunidade gay, enchendo os cofres da sua campanha, e coloca uma armadilha a Mitt Romney, lançando este assunto para a frente da agenda mediática e desviando as atenções da economia. Por outro lado, poderá ajudar a levar a base conservadora a ir ao encontro de Romney, termina com argumento que o nomeado republicano é "flip-flopper" e poderá afastar alguns eleitores de importantes swing-states - ainda ontem na Carolina do Norte, que Obama venceu em 2008 por 40 mil votos, os eleitores baniram o casamento gay em referendo.