Como o Nuno Gouveia referiu no artigo anterior, temos agora duas "tracking polls" por dia, da Gallup e da Rasmussen. A diferença entre as duas é que a Gallup usa eleitores recenseados nas suas amostras, enquanto a Rasmussen utiliza votantes prováveis, uma forma mais dispendiosa (são necessários mais contactos telefónicos) mas mais rigorosa de auscultar a opinião pública.
Uma coisa se tem notado na "tracking poll" da Rasmussen desde a desistência de Rick Santorum: até aí Barack Obama e Mitt Romney apresentavam resultados renhidos mas, regra geral, o Presidente liderava as sondagens, se bem que sempre aquém dos 50% de intenções de voto. Desde aí, embora os resultados se tenham mantido essencialmente renhidos, Romney tem liderado, tendo até chegado a 5 pontos de vantagem há poucos dias.
Estamos ainda a seis meses e meio das eleições, e nunca é de mais esquecer que uma sondagem representa a opinião do eleitorado no momento em que foi efectuada, e não projecta o modo como esse eleitorado se vai comportar a prazo. Mas seja como for, os números não são simpáticos para o Presidente, atendendo até ao facto de os indecisos normalmente se dividirem 80%/20% a favor do candidato que se opõe ao presidente.