As esposas dos candidatos têm um papel a representar na cena política americana. Ann Romney tem estado discreta até ao momento, mas já era de esperar que agora que a campanha para Novembro vai acelarar saltasse para a ribalta. E Mitt Romney bem vai precisar da sua esposa para conquistar o voto do eleitorado feminino, que neste momento permanece maioritariamente ao lado de Obama. Ninguém esperaria é que a emergência de Ann Romney fosse devido a um erro não forçado da candidatura de Barack Obama.
Ontem à noite uma conselheira do DNC, nomeada por Obama, Hillary Rosen, disse na CNN que Ann Romney não poderia falar pelas mulheres americanas porque nunca tinha trabalhado na vida. Se formalmente é verdade, pois Ann preferiu ficar em casa a educar os cinco filhos em vez de trabalhar, politicamente esta declaração é um erro grosseiro, e que contraria a visão que a esmagadora maioria dos americanos têm das mulheres que tomam essa decisão. Os principais conselheiros de Obama, como David Axelrod e Stephanie Cutter, percebendo o efeito perverso dessas declarações, surgiram pouco depois no twitter a condenar Rosen. Mas o mal já estava feito, criando aqui uma abertura para a campanha de Romney. Além deste tipo de declarações provocarem a união dos conservadores em redor de Romney (o que está a acontecer), dão uma oportunidade a Ann Romney para aparecer nas luzes dos media a ajudar o seu marido. A campanha de Romney agradece.