O conhecido comentador Dick Morris levantou esta semana uma interessante questão relativamente aos confrontos hipotéticos, nas sondagens, entre o Presidente Obama e o presumível candidato republicano Mitt Romney.
Em primeiro lugar, diz Morris - e todos os especialistas em matéria de sondagens concordam com isto - a maior parte dos estudos de opinião que colocam Obama e Romney frente a frente em Novembro fazem-no com base em eleitores recenseados, um modo mais barato mas mais falível de auscultar a opinião pública. Morris refere seguidamente as sondagens da Rasmussen, sempre baseadas em votantes prováveis, o que traz mais rigor ao estudo.
De acordo com as referidas sondagens da Rasmussen, Obama e Romney andam a par-e-par há já algum tempo- nos últimos dias têm oscilado entre os 46% e os 45% de intenções de voto, ora para um, ora para o outro.
Os números atrás referidos significariam que haveria 9% de indecisos. Dick Morris fez um levantamento exaustivo sobre o modo como se comportaram os indecisos na hora de votarem, quando está na liça um presidente que se recandidata, desde as eleições de 1964, e concluiu que 80% deles tendem a votar no opositor ao presidente. Vai daí, refere que, a repetir-se tal facto, dos actuais 9% de indecisos, uns 7% votariam Romney, o que significaria que, na realidade, uma sondagem que dá Obama 46% - Romney 45% dá a Romney uma vantagem de 52%/48%.
Não é Dick Morris o primeiro especialista destas matérias a referir o modo como os indecisos acabam por comportar-se, mas a sua análise é neste momento muito oportuna e interessante. Isto além de outros estudos que dizem que um presidente que sistematicamente fica aquém dos 50% nas sondagens é, regra geral, um presidente condenado à derrota.