1. Os mais recentes resultados trouxeram um novo capítulo do que tem sido uma corrida afinal "previsível": uma gradual e "inevitável" confirmação de Mitt Romney como o candidato Republicano. Com triunfos no Illinois, Maryland, Wisconsin e D.C. - pese embora a derrota na Louisiana - Romney caminha a passos largos para o reconhecimento geral da sua vitória nas Primárias. É certo que continua a revelar fragilidades em segmentos eleitorais importantes (baixos rendimentos, mais conservadores, "tea partiers"), mas ora por incapacidade dos adversários, ora por qualidades próprias (economia, apoio nos independentes, "electability", experiência, organização e fundos), Romney só não sairá vencedor se surgir um mega-escândalo político ou em caso de morte súbita.
2. As regras deste ano (distribuição proporcional, agendamento tardio de Estados relevantes) impedirão provavelmente uma coroação célere, mas é mesmo uma questão de tempo até se constatar o óbvio (matematicamente, talvez só em Junho, com a Califórnia e 4 outros Estados; "politicamente", porventura já no próximo dia 23 de Abril, se Romney ganhar na Pensilvânia e Nova Iorque). Em todo o caso, Obama já se dirige a Romney como o "presumível nomeado", Santorum foi votado ao esquecimento pelos "media", Gingrich arrasta-se penosamente e Ron Paul também desapareceu do radar, depois do falhanço da sua "caça-ao-delegado". Sinais mais do que evidentes de que está tudo decidido.