Estamos a nove meses das eleições, mas nestas primeiras semanas do ano as coisas têm corrido bem o Presidente Obama. Se ainda há pouco tempo se pensava que a sua reeleição seria muito difícil, os acontecimentos recentes têm vindo a ser-lhe extremamente favoráveis.
A começar pelo facto mais importante: os números do desemprego têm vindo a baixar e se essa for a tendência até Novembro, Obama poderá ter uma narrativa positiva para defender a sua reeleição. Enquanto até ao momento se esperava que a sua campanha assentasse numa estratégia negativa em relação ao seu adversário e aos republicanos, se a situação económica estiver a melhorar, Obama poderá ter uma narrativa positiva para apresentar ao povo americano. E isso aumentará exponencialmente as suas hipóteses de vitória.
Por outro lado, a presidência por si dá-lhe imensas vantagens. Enquanto os republicanos de digladiam numa virulenta campanha, especialmente entre Gingrich e Romney, Obama tem vindo a aparecer em momentos agradáveis como felicitar os vencedores do Super Bowl, a dar entrevistas onde não é severamente questionado e, principalmente, a angariar milhões e milhões de dólares para a sua campanha de reeleição. Enquanto os republicanos têm visto a sua popularidade baixar, devido aos explosivos ataques mútuos e exposição mediática excessiva, o que leva a gafes e erros políticos, Obama vai somando pontos. Mitt Romney tem estado particularmente mal neste campo, cometendo erros não forçados que têm prejudicado a sua candidatura. E quanto mais longa a corrida nas primárias republicanas, menos tempo terá o nomeado de se centrar em Obama. No entanto, como a história já nos provou tantas vezes, nada disto é decisivo e tudo pode mudar. Mas na longa campanha para as eleições de Novembro, pode-se dizer que Obama já está a ganhar.