As questões financeiras sempre pareceram vir a ser importantes na análise do currículo e personalidade de Mitt Romney, o qual, a ser nomeado, será o homem mais rico de sempre a conseguir a nomeação por qualquer um dos dois partidos.
Mas Romney não está a facilitar a vida a si próprio
com a sua recusa, até agora, de revelar a sua declaração de rendimentos antes de Abril, uma altura tradicionalmente usada pelos candidatos para o fazerem.
As suas respostas a essa questão têm sido evasivas, e agora surge a informação de que o candidato tem milhões depositados nas ilhas Cayman, o que nada tem de ilegal, além de Romney até aparentemente não retirar nenhum benefício fiscal dessa situação. Mas, não sendo a América um país onde "a política da inveja" costume ter grande fôlego, as especiais circunstâncias económicas em que esta campanha decorre não podem deixar de afectar a percepção que o eleitorado terá do previsível candidato republicano. Claro que o Presidente Obama também é um milionário (embora não um daqueles que ele normalmente descreve como "bilionários, milionários e seus helicópteros e jactos particulares"), mas nestes casos a transparência é muito importante.
Tudo somado, e numa manobra defensiva que poderia ter evitado, parece que Romney irá divulgar os seus impostos muito brevemente. Decerto que em Chicago, na campanha para a reeleição de Obama, se esfrega as mãos.