O sufixo "gate" apenso ao nome dos escândalos políticos, surgiu, como sabemos, com o famoso caso Watergate, que levou à demissão do Presidente Richard Nixon em 1974.
Pois bem, neste momento Washington está assolada pelo referido sufixo(os nomes são meus):
1) Email-gate: O Departamento de Justiça, ou o seu braço, o FBI, solicitou um mandato de busca sobre os emails do repórter da Fox News James Rosen. "Pela primeira vez uma administração presidencial trata a cobertura noticiosa como um crime", diz a propósito Jan Crawford da CBS News.
Isto vem na sequência da apropriação pelo Departamento de Justiça de dois meses de registos telefónicos da Associated Press.
2) IRS-gate: Figuras destacadas dos meios conservadores foram alvo de inspecções fiscais durante a campanha presidencial de 2012. Esses alvos terão sido escolhidos com base numa lista de gente "indesejável" constante num site de campanha do Presidente Obama.
3) Benghazi-gate: Este escândalo incide sobre um suposto encobrimento por parte do Departamento de Estado da verdadeira natureza do ataque ao Consulado Americano em Benghazi, na Líbia, de que resultou a morte do Embaixador dos E.U.A. O Departamento de Estado tentou apresentar o ataque como uma reacção espontânea a um vídeo anti-islâmico publicado na internet por um americano, e não como um ataque terrorista premeditado, com a marca da Al Qaeda. Este caso atinge particularmente Hillary Clinton, cuja passagem pelo Departamento de Estado a afastou da política interna e suas polémicas e suavizou a sua imagem junto do eleitorado, anteriormente muito polarizado em relação à sua pessoa. Clinton é, actualmente, a favorita à nomeação presidencial democrática em 2016.
Decerto que todos estes casos vão ainda dar que falar. Quanto às respectivas consequências, ainda é cedo para especular.
Foto: o famoso edifício Watergate em Washington