13
Mar 12
publicado por Nuno Gouveia, às 19:41link do post | comentar

 

O coração da América sulista vai hoje a votos, no Alabama (50 delegados) e Mississippi (40), dois dos estados mais conservadores do país. Estas duas eleições poderão ter consequências imediatas nas primárias republicanas. Se a geografia eleitoral anteciparia uma noite negativa para Mitt Romney, as previsões apontam para uma disputa acesa. As sondagens conhecidas indicam uma ligeira vantagem para Romney no Alabama e para Newt Gingrich no Mississippi. Rick Santorum não lidera nenhuma sondagem, mas dada a proximidade entre os três candidatos em ambos estados, nenhum cenário é de excluir. 

 

Estas primárias podem determinar o futuro de Newt Gingrich. Recentemente afirmou que teria de vencer num destes estados do Sul para manter viável a sua candidatura. Duas derrotas esta noite poderá signficar o seu afastamento da corrida. Mas se Gingrich conseguisse vencer as duas eleições, alteraria a dinâmica da oposição a Romney, ganhando algum "momentum" para as eleições seguintes. Uma vitória poderá mantê-lo em jogo durante mais algum tempo, mas não alterará em nada o rumo da sua candidatura.

 

Mitt Romney pode dar uma estocada final nos seus adversários, se vencer em ambos os estados sulistas. Tem sido acusado de não conseguir vencer no Sul e não convencer o eleitorado mais conservador. Uma dupla vitória significaria, provavelmente, o fim para os seus adversários. Se conseguir ganhar um deles (previsivelmente no Alabama), isso também ser-lhe-á extremamente favorável, pois mudará a narrativa desta campanha (não vence no Sul) e ganhará "momentum" para o resto do mês.

 

Rick Santorum pode sofrer um duro revés. Se não conseguir conquistar nenhum dos estados, isso significará que os seus adversários irão ocupar as manchetes. Um bom resultado de Newt Gingrich garantirá também a sua continuação, o que é contra os seus interesses. Mas esse é sempre um cenário mais atractivo que uma dupla vitória de Romney. Prevê-se que não tenha uma noite fácil. 

 

Hoje haverá também caucuses no Hawaii (20) e Samoa (9), que deverão cair facilmente para a coluna de Romney. 


publicado por Nuno Gouveia, às 11:49link do post | comentar

 

Este fim de semana tive a oportunidade de ver o magnífico filme The Best Man, de Franklin J. Schaffner, com argumento de Gore Vidal. A história anda à volta de uma convenção negociada (Brokered Convention) numas eleições presidenciais, com dois candidatos a disputar a nomeação de um partido. Algo que desapareceu do léxico da política americana desde que as primárias assumiram a primazia no processo de nomeação presidencial, mas que em 1964, data do filme, era ainda uma realidade. E o que podemos observar neste filme é que, apesar de novas roupagens, dos métodos de comunicação terem evoluído e das campanhas serem radicalmente diferentes, a essência da política não se alterou substancialmente nestes últimos cinquenta anos. E se olharmos para a política norte-americana, então essa visão é ainda mais análoga.

 

Em relação aos grandes temas em discussão, nenhum dos abordados pelo filme (excepção para a segregação, que felizmente está hoje bem longe do debate político e da ameaça comunista) deixou de estar na ordem do dia. Já na época se discutia o poder do estado, a baixa de impostos ou os direitos dos estados. Uma campanha em que, mais do que discutir sobre as políticas em confronto, incidia sobretudo na resiliência de uma liderança forte e disposta a tudo contra um candidato idealista mas titubeante e indeciso. De um lado temos Henry Fonda, representando uma visão mais romântica da sociedade, um político com princípios mas ao mesmo tempo infiel e com um casamento de fachada, a contrabalançar entre a difícil decisão de destruir o seu adversário através de jogo sujo ou ser derrotado. Do outro, temos um Cliff Robertson implacável, moralista e sem escrúpulos, decidido a vencer a todo o custo, mas também com uma crença inabalável nas suas ideias políticas e na justiça das suas causas. Pelo meio, um antigo Presidente que manobra nos bastidores para ajudar a nomear o seu candidato. As traições, as reviravoltas e as inflexões de “momentum”, também não faltaram. Ou seja, os ingredientes indispensável para uma emocionante disputa política. Um filme que, em tempos de campanha presidencial americana, se aconselha. 


11
Mar 12
publicado por Alexandre Burmester, às 23:44link do post | comentar

 

 

 

A questão nuclear iraniana tem sido um tema constante da actualidade. Ao contrário do que a "narrativa" europeia tende a relatar, não se trata, diga-se, apenas de uma questão envolvendo Israel, o Irão e os Estados Unidos, essencialmente porque um Irão nuclearmente armado seria muito mais depressa uma ameaça para a Europa que para os E.U.A. Mas deixando de parte esse lado da questão, a verdade é que se trata de um tema susceptível de afectar seriamente a campanha presidencial americana.

 

Segundo o Sunday Times de hoje (sem link, apenas para assinantes), aquando do recente encontro entre o Primeiro-Ministro israelita,  Benjamin Netanyahu, e o Presidente Barack Obama, os israelitas terão condescendido em adiarem aquilo que parecia iminente - um ataque israelita às instalações nucleares iranianas nesta Primavera - para, pelo menos, o mês de Setembro. Esta data de Setembro, continuaria a ser demasiado incómoda para Obama, que pretenderia obter dos israelitas uma garantia de que não atacariam o Irão até depois das eleições presidenciais americanas, dando, em contrapartida, uma garantia de que os E.U.A. nunca permitiriam um Irão nuclear.

 

Mas o problema, do ponto de vista da campanha de Obama, é que o governo israelita não confia na actual Administração americana, e teme que, se deixar passar as eleições de Novembro, esta se torne mais anti-israelita do que aquilo que os israelitas já consideram que ela actualmente é.

 

 

 O deflagrar de uma grave crise internacional mesmo antes das eleições não seria, à partida,  um revés para o Presidente, porque nessas ocasiões a opinião pública tende a apoiar o ocupante da Casa Branca. Mas este caso reveste-se de aspectos particulares: logo à partida, uma crise na região do Golfo Pérsico faria subir o preço do petróleo e, consequentemente, da gasolina, precioso líquido de cujo preço os americanos já se queixam amargamente nos dias que passam. Depois, a constante insistência da Administração Obama na via diplomática nesta questão das armas nucleares iranianas seria vista como tendo sido um fracasso.

 

Como disse o comentador conservador e antigo conselheiro de Bill Clinton (e, provavelmente, seu "salvador") Dick Morris, num recente comentário, Benjamin Netanyahu tem nas suas mãos a chave das eleições americanas de Novembro e, no fundo, ele sabe, ou supõe, que uma Administração Republicana lhe seria mais favorável, além de temer a atitude de uma Administração Obama reeleita face a Israel.

 

Este caso faz recordar o formidável jogo de xadrez e poker mesmo antes das eleições de 1968. Cinco dias antes das mesmas, o Presidente Lyndon Johnson, naquilo que muitos interpretaram como uma tentativa de última hora de dar um impulso ao candidato democrático, o seu Vice-Presidente Hubert Humphrey, anunciou a suspensão dos bombardeamentos ao Vietname do Norte, no âmbito da Guerra do Vietname. A campanha do candidato republicano, o antigo Vice-Presidente Richard Nixon, obviamente entrou em pânico, mas rapidamente se recompôs e, através de canais secretos, conseguiu convencer o presidente do Vietname do Sul a rejeitar os termos negociais propostos por Johnson, garantindo-lhe que lhe conseguiria melhor uma vez eleita. O presidente vietnamita acedeu e assim minorou o efeito de mais esta "October Surprise".

 

Mantenhamo-nos atentos: nem o xadrez, nem o poker, passaram de moda. 

 

 

 


10
Mar 12
publicado por Nuno Gouveia, às 23:34link do post | comentar | ver comentários (2)

Rick Santorum venceu hoje os caucuses do Kansas com 51%, seguido a uma longa distância por Mitt Romney com 21%. Gingrich teve 14% e Ron Paul 13%. Este era já um desfecho previsível, pois apenas Santorum e Paul competiram no estado, mas a margem de vitória dará ao antigo senador da Pensilvânia a maioria dos 40 delegados em disputa. Este resultado abre boas perspectivas para Santorum nas primárias do Alabama e Mississipi, que se realizam já nesta terça-feira, onde as sondagens têm demonstrado um empate técnico entre os três principais candidatos. Este dia apenas terá corrido bem a Romney nos territórios americanos da Ilhas Virgens, Ilhas Marianas e Guam, onde terá arrecadado os 27 delegados em disputa. 


09
Mar 12
publicado por José Gomes André, às 00:49link do post | comentar | ver comentários (6)

1. Romney foi o óbvio vencedor da noite, triunfando em seis dos dez Estados em disputa (Alaska, Vermont, Virgínia, Massachusetts, Ohio e Idaho). Aumentou a sua vantagem em número de delegados e reforçou o estatuto de favorito. A sua melhor organização permitiu-lhe ser competitivo em Estados muito diversificados (na demografia, composição sociológica e ideológica, etc.), tanto em caucus como em "primárias". E venceu no Ohio ("o" Estado-barómetro" por definição), garantindo os principais louros mediáticos.

 

2. E ainda assim, Romney é um favorito pouco convincente (fragilizado pelos ataques da ala direita do GOP?), que não consegue superar um estilo "robótico" e uma manifesta incapacidade para se relacionar com o americano comum (como comprovam as suas dificuldades junto dos eleitores de baixos rendimentos, sem os quais não pode derrotar Obama no "Rustbelt"). Apesar dos seus fundos quase ilimitados (gastou três vezes mais do que Santorum no Ohio), e do apoio do "establishment", parece não conseguir descolar em definitivo dos seus adversários, nem passar a imagem de um candidato vencedor.

 

3. Em todo o caso - e no pior dos cenários - Romney deverá vencer por "falta de comparência" dos opositores. Santorum ganhou três Estados (Tennessee, Oklahoma e Dakota do Norte), mas não tem conseguido alargar a sua base de apoio (os "muito conservadores", apoiantes do Tea Party e "low income voters"), já para não falar da sua desvantagem organizativa e financeira. Gingrich triunfou no seu Estado-natal (Geórgia), mas apesar do discurso grandiloquente gera enorme antipatia no eleitorado (que o tem por arrogante e mitómano) e a sua campanha está exangue. Ron Paul, pelo contrário, é tido por simpático, sério e intelectualmente honesto, mas ainda não ganhou uma única eleição...

 

4. Embora tudo aponte para um triunfo final de Romney, só deveremos conhecer um veredicto definitivo daqui a muitas semanas (porventura meses). Por três razões principais: as próximas disputas (Kansas, Alabama e Mississípi) são-lhe à partida desfavoráveis, pelo que novos triunfos de Santorum alterarão a aparente "dinâmica de vitória"; vários Estados decisivos votam tardiamente (Nova Iorque e Pensilvânia a 24 de Abril, Texas a 29 de Maio, Califórnia a 5 de Junho); e porque prevalecem na maioria das contendas regras de distribuição proporcional de delegados, ao contrário do que sucedia por exemplo em 2000 ou 2008.


07
Mar 12
publicado por Nuno Gouveia, às 19:11link do post | comentar | ver comentários (1)

Mitt Romney ganhou 220 delegados, mais de metade em disputa. Após a super terça-feira, tem 425 delegados, seguido de Rick Santorum com 176, Newt Gingrich com 105 e Ron Paul com 47. Ou seja, Romney já tem neste momento cerca de 40% dos delegados que necessita para obter a nomeação (1144 é o número mágico).

 

Os números são não mentem e pode-se dizer que é quase impossível para Santorum ou Gingrich conquistarem a nomeação. A explicação é simples: Santorum precisaria de ganhar 65% dos delegados em disputa até ao final para chegar aos 1144. Até ao momento venceu apenas 22.8%. Para Gingrich o cenário é ainda pior. Até ao momento obteve apenas 13% dos delegados, e precisaria de conquistar 70% dos delegados em falta. Ou seja, Mitt Romney tem a nomeação na mão. A única hipótese de acontecer outro cenário, e que me parece cada vez mais improvável, é precisamente uma brokered convention. Se Mitt Romney chegasse ao fim das primárias em Junho sem os 1144 delegados, a convenção seria um total caos. Haveria uma primeira votação, onde os delegados seriam obrigados a votar conforme os resultados das primárias, mas a partir daí tudo seria possível. Um candidato novo, Romney obter o apoio dos delegados de um dos candidatos ou até uma improvável união entre Gingrich, Santorum e Paul. Um cenário de sonho para os jornalistas americanos, mas de pesadelo para os republicanos. Muito improvável. 

 

O cenário mais previsível: a campanha vai-se arrastar mais algum tempo e vejo duas janelas de oportunidade para Romney fechar a nomeação. A primeira, dia 24 de Abril, quando se realizam primárias em Nova Iorque, Pensilvânia, Rhode Island, Connecticut e Delaware, onde serão atribuidos 231 delegados. Se Gingrich e Santorum persistirem na corrida, Romney deverá fechar a nomeação apenas a 5 de Junho, com primárias na Califórnia, New Jersey, Dakota do Sul, Novo México e Montana, com 172 delegados em jogo. 


publicado por Nuno Gouveia, às 08:40link do post | comentar | ver comentários (7)

Mitt Romney venceu no crucial estado do Ohio e acabou a noite como o grande vencedor da super terça-feira. Apesar de ter vencido apenas por 12 mil votos (em mais de 1,2 milhões), Romney ganhou ontem seis estados (Alaska, Ohio, Idaho, Virgínia, Vermont e Massachusetts), arrecadou mais delegados do que todos os outros, e segue na liderança confortável para a nomeação republicana. Sendo provável que a luta prossiga durante mais algum tempo, é difícil, senão impossível mesmo, visualizar um cenário onde Romney não seja o nomeado. No entanto, Santorum com três vitórias (Oklahoma, Dakota do Norte e Tennessee) e Gingrich com a Geórgia, conseguem cumprir os objectivos minímos. A luta prossegue.

 

(Foto do Drudge Report que representa a vitória do Ohio)


publicado por Nuno Gouveia, às 02:18link do post | comentar

Romney venceu no Massachusetts, Vermont e Virgínia. Rick Santorum ganhou no Oklahoma e Tennessee. Newt Gingrich conquistou o seu estado natal, Geórgia. O resultado do Ohio irá ditar o vencedor da noite (pela narrativa mediática, já que no que concerne aos delegados, Romney irá ganhar essa batalha). Idaho, Akaska e Dakota do Norte irão completar o leque de resultados. A verificar pela contagem dos votos no Ohio, a noite vai ser longa e será preciso um photo finish para decretar o vencedor. Uma coisa parece certa: a corrida vai prosseguir e já no próximo Sábado temos caucuses no Kansas (40 delegados), Guam (9), Ilhas Marianas (9), Ilhas Virgens (9) e Wyoming (29). 

 

PS: Karl Rove e Joe Trippi disseram há pouco que pelos locais que ainda faltam contar os votos, Romney deverá vencer no Ohio. Amanhã de manhã verei o resultado. 


publicado por Nuno Gouveia, às 01:24link do post | comentar | ver comentários (2)

Nestas primárias os democratas têm sabido retirar proveito da natural divisão do eleitorado republicano. Por um lado temos assistido aos estrategas democratas (ainda agora Joe Trippi na Fox News) a destacarem os bons resultados de Rick Santorum (no Michigan até fizeram campanha por ele) e a colocarem em evidência que Romney não consegue "fechar" a nomeação.

 

Por outro lado têm referido a grande vantagem financeira que Romney tem tido sobre os seus adversários, e nem por isso tem ganho em todo o lado. Como se tivessem esquecido que aconteceu o mesmo com Barack Obama em 2008 a partir da super terça-feira, quando investia muito mais do que Hillary nas primárias (muitas vezes de 4-1) e nem assim conseguia a nomeação.

 

E depois há críticas que não fazem muito sentido. Há pouco ouvi um democrata afirmar que Romney terá dificuldades no Sul nas eleições gerais, pois quer Santorum ou Gingrich têm vencido lá as primárias. Ora, qualquer candidato republicano irá vencer no Sul, pois do outro lado estará Obama. A união do partido pós nomeação não me parece preocupante. Como não foi em 2008 com o Partido Democrata, depois da luta acesa entre Hillary e Obama. Mais preocupante para Romney até é a dificuldade que tem sentido no Midwest, zona decisiva para as eleições gerais. Até ao momento perdeu no Iowa, Minnesota e Missouri (apesar de não contar para nada) e apenas venceu no Michigan. Talvez hoje ganhe no Ohio.

 

Por fim, um aspecto que os democratas têm destacado, e este parece-me certeiro: esta campanha republicana esta a desgastar Mitt Romney, bem mais do que sucedeu com Hillary e Obama. Porque ao contrário de há quatro anos no Partido Democrata, que foi uma campanha mais de personalidades, esta luta está a ser bastante ideológica, o que tem encostado o GOP demasiado a direita. E por isso, quanto mais longa for a campanha das primárias, maior dificuldade terá o nomeado em virar o discurso ao centro, e direccionar as suas atenções para o eleitorado independente. 


publicado por Nuno Gouveia, às 01:09link do post | comentar

Dada a característica destas primarias, o mais importante a reter desta noite é a contagem de delegados. E parece que as coisas neste sentido irão correr muito bem a Mitt Romney, independentemente de vencer no Ohio. Li agora que é provável que conquiste todos os 41 delegados em disputa no Massachusetts. No Ohio Rick Santorum não é elegível para 18 delegados, o que quer dizer que a maioria dos 66 delegados irão para a coluna de Romney, mesmo que perca aqui. Na Virgínia também é provável que conquiste a esmagadora maioria dos 49 delegados em disputa. Apostaria que no final desta noite, Romney terá mais de metade dos 424 delegados em disputa. Mas veremos. 


publicado por Nuno Gouveia, às 00:56link do post | comentar

Os primeiros cinco resultados da noite não trazem novidades. Mitt Romney venceu na Virginia, Vermont e Massachussetts, Newt Gingrich na Georgia e Rick Santorum no Oklahoma. A grande questão da noite é o Ohio, onde Romney tem uma ligeira vantagem sobre Santorum nas exit polls. Se isto concretizar-se, Romney "só" precisa de vencer no Dakota do Norte, Alaska e Idaho para "cantar" vitória esta noite. Santorum precisa de segurar o Tennessee para manter-se vivo. 


06
Mar 12
publicado por Nuno Gouveia, às 11:51
José Gomes André às 23:06link do post | comentar | ver comentários (4)

Horários das urnas e número de delegados por estado hoje em disputa na Super Terça-feira.


publicado por Nuno Gouveia, às 10:46link do post | comentar

Um trabalho do P3.


05
Mar 12
publicado por Nuno Gouveia, às 21:00link do post | comentar

Neste segmento do The Daily Rundown da MSNBC. A partir do 1,40m. 


04
Mar 12
publicado por Nuno Gouveia, às 20:01link do post | comentar

Este Domingo trouxe mais duas boas notícias para Romney. Eric Cantor, Líder da Marioria Republicana no Congresso, declarou-lhe o seu apoio. Sendo congressista da Virginia, este endorsement poderá contribuir para uma vitória mais folgada de Romney no Old Dominion. Como tem apenas Ron Paul como seu adversário neste estado, Romney tem uma série hipótese de conquistar os 49 delegados em disputa, caso vença os distritos todos. As últimas sondagens deram-lhe intenções de voto próximas dos 70%. Mais relevante foi o apoio que recebeu do senador Tom Coburn do Oklahoma, num artigo de opinião assinado no jornal mais influente do estado. Coburn é uma das figuras mais respeitadas da ala conservadora do GOP. As últimas sondagens neste estado atribuem uma vantagem considerável a Rick Santorum, mas Mitt Romney tem vindo a diminuir a distância. 


publicado por Nuno Gouveia, às 10:41link do post | comentar

Mitt Romney venceu ontem os caucuses do estado de Washington com 38%, seguido de Ron Paul com 25% e de Rick Santorum com 24%. Newt Gingrich ficou em último lugar com apenas 10%. Segundo as previsões do WSJ, Romney terá arrecadado 30 delegados, com Paul e Santorum a ficarem com cinco cada. Neste momento Romney lidera a corrida à nomeação com 203 delegados, seguido de Santorum com 92, Newt Gingrich com 33 e Ron Paul com 25. 

 

Este resultado é extremamente importante para Mitt Romney, que solidifica a sua vantagem e o favoritismo nestas primárias, oferecendo-lhe uma dinâmica de vitória para a super terça-feira. Romney tem vindo a subir nas sondagens nacionais e a recuperar terreno no crucial estado do Ohio, onde Rick Santorum tem liderado. Para o favorito republicano sair da super terça-feira com a nomeação na mão precisa de vencer a maioria dos 10 estados que vão a votos, mas sobretudo vencer no Ohio. Esta vitória no estado de Washington prova que o "momentum" está do lado dele.


03
Mar 12
publicado por Nuno Gouveia, às 22:12link do post | comentar

O Facebook mudou e o novo visual tem recebido muitas críticas de utilizadores. Mas não de Barack Obama, que soube capitalizar da melhor forma o novo formato da popular rede social. Esta é a nova imagem que ilustra a página do Facebook de Obama, que tem mais 25 milhões de seguidores. É o que se chama de clever politics. 

 


02
Mar 12
publicado por José Gomes André, às 00:44link do post | comentar

1. Romney venceu claramente no Arizona e à justa no Michigan, arrecadando mais 44 delegados (contra 15 de Santorum). Entre os muitos eleitores que consideram a economia o tópico fundamental, Romney foi amplamente preferido aos seus adversários. O argumento de que ele é o melhor colocado para derrotar Obama também foi uma ideia comum nas "exit polls". Este é um padrão que se vem repetindo nestas Primárias. E sempre que estes temas se sobreponham a questões ideológicas ou culturais, é de esperar que Romney continue vencedor.

 

2. Santorum concentrou o voto conservador, o voto "anti-Romney" e no Michigan beneficiou do apoio dos eleitores Democratas (que provavelmente querem derrubar Romney), mas perdeu uma excelente oportunidade para consolidar a sua (recente) dinâmica de vitória. Numa corrida atípica, há um factor estável: de tempos a tempos parecem emergir alternativas a Romney (Perry, Cain, Gingrich, agora Santorum), mas no momento decisivo falta sempre qualquer coisa - consistência política, fundos, organização, mensagem coesa. A meu ver, o principal problema de Santorum é a sua insistência nos temas "sociais", de que é exemplo a recente incursão extremada (e perigosa!) pelos meandros da "necessária relação" entre política e religião. Entusiasma a "base"? Certo. Mas aliena os independentes e os moderados... sem os quais não se ganham eleições.

 

3. Onde estamos? Curiosamente, não muito longe de onde começámos: com um Romney por vezes incipiente, com dificuldades para entusiasmar a base conservadora e os "blue-collar workers" (eleitores de rendimentos baixos), mas sem adversários à altura (até agora). Sem excitação e sem triunfos esmagadores, Romney vai porém consolidando a sua candidatura -  mesmo que com pequenos passos - e não se vislumbra no horizonte outro desfecho provável que não seja a sua vitória final. No entretanto, creio todavia que este processo está a ter efeitos indesejados para o lado Republicano: uma luta muito "suja", que tem sobretudo fragilizado o próprio partido e que nem por isso vem levando mais eleitores às urnas (pelo contrário, aliás).


01
Mar 12
publicado por Nuno Gouveia, às 19:03link do post | comentar

 

Na próxima terça-feira realizam-se 10 primárias que, talvez pela primeira vez deste 1984 quando foi "instituída" a super terça-feira, não irão decidir a nomeação republicana. Mitt Romney parte como favorito para arrecadar mais delegados, mas devido ao sistema proporcional das eleições, isso não lhe vai assegurar a nomeação. Além disso, este ano apenas 10 estados vão a votos nesta super terça, menos do que os 23 em 2008. Apesar da vantagem evidente que Romney ostenta, prevê-se que enfrente obstáculos muito complicados. 

 

Virgínia (49 delegados), Massachusetts (41) e Vermont (17) - Três estados onde Romney deverá vencer com facilidade. Na Virgínia, a vitória não vai fugir de Romney, onde apenas tem a oposição de Ron Paul, pois Newt Gingrich e Rick Santorum não conseguiram inscrever-se a tempo. No Massuchusetts Romney joga em casa e deverá obter um resultado acima dos 60%. Já no Vermont, um dos estados mais "liberais" da União, Romney também deverá arrecadar a maioria dos delegados. 

 

Alaska (27), Dakota do Norte (28), Idaho (32) - Aqui há uma grande incerteza em relação ao resultado final. Não há sondagens conhecidas nestes estados, e o facto de serem caucuses pode baralhar as contas finais. Romney venceu em 2008 no Idaho e Alaska, mas atenção a Ron Paul, que tem vindo a desenvolver uma campanha agressiva nestes estados. Salvo alguma surpresa, são os dois favoritos a vencer nos três estados. 

 

Geórgia (76) - O grande prémio desta super terça-feira é o estado natal de Newt Gingrich. Tem liderado todas as sondagens e é o favorito a vencer aqui. Ainda hoje disse que não poderia continuar se não conseguir vencer na Geórgia. A minha aposta vai para ele. A luta mais interessante neste estado deverá ser entre Santorum e Romney para o segundo lugar. 

 

Oklahoma (43) e Tennessee (58) - Rick Santorum tem liderado as sondagens nestes dois estados, mas não considero totalmente liquido que Santorum consiga ganhar ambos. As vitórias de Romney desta semana deram-lhe um balão de oxigénio e acredito que irá competir nestes estados. 

 

Ohio (66) - Esta é a luta mais interessante desta super terça-feira. Rick Santorum tem liderado as sondagens, mas aguardo com expectativa novos estudos de opinião pós Michigan. Mitt Romney tem investido imenso neste estado (tal como no Oklahoma e Tennessee) e é bem possível que vença no Ohio, o que pode representar um sério revés para Santorum. 

 

Acreditando que Romney irá vencer pelo menos cinco estados, a narrativa desta super terça feira, mais do que os delegados conquistados, irá ser construída muito a partir do resultado do Ohio. Uma vitória de Romney dar-lhe-á uma dinâmica de vitória para as restantes eleições do mês de Março e aumentará ainda mais o cenário de inevitabilidade da sua candidatura. Mas, como se pode observar pelo breve resumo que fiz, nada ficará decidido neste dia. Poderá é ser o inicio do fim destas primárias. 


publicado por Nuno Gouveia, às 15:01link do post | comentar | ver comentários (2)

Em Portugal o nome de Andrew Breitbart não chamará a atenção de muita gente. Mas nos Estados Unidos, e especialmente no movimento conservador, Breitbart era um dos activistas mais relevantes nesta era dos novos media. Fundador de sites como o BigGovernment, BigHollywood, trabalhou anteriormente com Matt Drudge e ainda no inicio do Huffington Post. Uma personagem extremamente polémica, que ainda esta semana tinha estado na CNN a comentar as primárias do Arizona e Michigan. Faleceu hoje aos 43 anos. 


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