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Out 11
publicado por Alexandre Burmester, às 22:04link do post | comentar

O recente fenómeno político-social que se designa pelo curioso nome de "Occupy Wall Street" tem vindo a ganhar proeminência nos media, quanto mais não seja pelo seu alastramento a outras partes do mundo, como a City de Londres.

 

As reivindicações deste movimento, embora vagas, não deixam de ser expectáveis: li algures - salvo erro no New York Post - que, entre elas, se contavam a revogação de todos os acordos de comércio livre celebrados pelos E.U.A., a livre imigração, e "um salário para todos os americanos" (quer trabalhem, quer não), o que interpreto como uma exigência da criação de um rendimento mínimo garantido. Charles Gasparino, no referido jornal, fez até uma incursão na sede do movimento e não parece ter ficado  muito entusiasmado.

 

Este movimento acaba por parecer  a imagem reflectida do Tea Party, mas com aspectos essenciais muito diferentes. Enquanto o Tea Party tem alinhado firmemente na política partidária, procurando influenciar a eleição de políticos republicanos próximos das suas ideias, não me consta que o "Occupy Wall Street" esteja a pensar patrocinar candidatos democráticos mais populistas ou mais esquerdistas. O movimento faz recordar o velho radicalismo americano dos anos '60 e '70, como o Movimento Anti-Guerra (do Vietname), os hippies, Jerry Rubin, Hanoi Jane, etc. É certo que esse radicalismo dos anos '60 acabou por encontrar voz partidária e eleitoral, na pessoa do Senador George McGovern, candidato democrático às eleições de 1972. Mas não é menos certo que essa candidatura se revelou um fiasco, tendo o Presidente Richard Nixon sido reeleito vencendo 49 dos 50 Estados.

 

Embora o Presidente Obama esteja a tentar lidar com cautela com este movimento, acolhendo com alguma simpatia a sua "indignação", este tipo de agitação, regra geral, revela-se prejudicial ao Partido Democrático.

 

Voltarei ao tema. 


Porquê?
Gustavo a 21 de Outubro de 2011 às 23:29

Bem, basicamente porque, quando a agitação se generaliza, os republicanos tendem a capitalizar esse facto com a defesa "da lei e da ordem", o que, regra geral, lhes tem trazido vantagens eleitorais.

Mas, como disse, voltarei ao tema.

as manifestações de protesto na América tomaram muitas orientações

historicamente houve muitas de dimensão variada

as manif's anti-guerra dos anos 60-70 foram coerentes
(tinham um objectivo definido e persistiram no tempo)
os revolucionários-manifestantes americanos actuais são conformistas afirmam um certo respeito pela moral e equidade social-cristã

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