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Fev 10
publicado por Nuno Gouveia, às 17:26link do post | comentar

O Senador democrata do Indiana, Evan Bayh, vai anunciar hoje que não será candidato nas próximas Intercalares de Novembro. Esta notícia é um sério revés para os democratas, que ainda há poucos meses consideravam este lugar seguro. Está certo que houve sondagens negativas para o candidato, mas na semana passada foram publicados bons estudos para Bayh, mesmo depois da entrada na corrida do antigo senador republicano, Dan Coats. 

As consequências desta decisão são terríveis para o Partido Democrata, dado que o Indiana é um swing state tendencialmente conservador, que desta forma poderá eleger mais facilmente um republicano. 


Embora estejamos ainda a nove meses das eleições e muita água vá ainda correr no Potomac a aritmética eleitoral para o Senado neste momento indica que se os Republicanos ganharem todos os lugares onde actualmente lideram as sondagens capturarão oito lugares na câmara alta, o que lhes daria 49 senadores. Precisariam, pois, de mais duas conquistas para passarem a ter a maioria, e uma das possibilidades era já o Indiana, que agora se tornou mais forte. A outra poderia ser a Califórnia (why not? Depois do Massachusetts tudo é possível), onde Barbara Boxer tem vantagens sobre Carly Fiorina (que ainda terá de disputar a primária republicana) dentro da margem de erro. Além disso, não está garantido que Kirsten Gillibrand (New York) e Patty Murray (Washington) tenham vida fácil.

Por outro lado, a hipótese de uma candidatura Tea Party no Nevada poderá salvar o alvo número 1 do GOP, o líder Democrático no Senado Harry Reid (as comparações com Tom Daschle em 1994 são muito tentadoras). E estes cálculos estão também baseados numa possível, mas não confirmada, corrida no Wisconsin do ex-governador GOP Tommy Thomson, provavelmente o único republicano que poderia derrotar Russ Feingold.

Resumindo, a captura do Senado pelo GOP continua a ser um "long shot", mas que se está a assistir a uma mini-debandada de candidatos democráticos, lá isso é verdade. A Câmara dos Representantes é assunto diferente, e aí acho muito provável a vitória do GOP, que lidera há já algum tempo a sondagem genérica para essa Câmara (o que não sucedia nesta altura em 1994).
Alexandre Burmester a 15 de Fevereiro de 2010 às 19:31

Concordo inteiramente com o seu comentário. Se o ambiente político não se alterar até ao Verão, o GOP poderá ter uma vitória avassaladora em Novembro, até maior do que em 1994. Mas num aspecto já saiu vencedor: na fase de recrutamento de candidatos. Estas retiradas e a entrada na corrida de vários nomes fortes aumentam as possibilidades do GOP. E se convencerem Tommy Thompson e George Pataki a entrar na corrida no Wisconsin e Nova Iorque, começo a acreditar que podem mesmo ganhar o Senado. E nesta contabilidade poderemos possivelmente contar com Joe Liebberman, que poderá mudar para o caucus republicano, como já foi adiantado pelo próprio...

Será sem dúvida um ano muito interessante de acompanhar.
Nuno Gouveia a 16 de Fevereiro de 2010 às 16:12

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