Não é normal assistirmos a estas discordâncias em público. Depois de na Quarta-feira Hillary Clinton ter afirmado que uma zona de exclusão aérea não seria liderada pelos Estados Unidos, Bill Clinton defendeu ontem uma posição contrária. O 42º Presidente afirmou que se os líderes rebeldes pedirem ajuda, os Estados Unidos devem intervir. Clinton sabe do que fala. Durante o seu mandato ocorreram massacres no Ruanda e na antiga Jugoslávia, sem que a comunidade internacional tenha feito nada para os impedir. Finalmente, quando se preparava para suceder nova tragédia no Kosovo, uma coligação da NATO, liderada por Clinton e Blair, actuou contra o ditador Milosevic. Depois de vários republicanos terem exigido o mesmo, esta posição de Bill Clinton coloca ainda mais pressão sobre a Administração Obama.