Numa posição muito difícil, Barack Obama não perdeu mais tempo e emitiu ontem uma declaração sobre os protestos no Egipto. Sem deixar cair o seu aliado mais importante do mundo árabe, Obama reafirmou o pedido de reformas democráticas no país e apelou ao governo para não reprimir os manifestantes.
Deixo aqui alguns artigos que li sobre o assunto que podem suscitar o vosso interesse.
Robert Kaplan, na Foreign Affairs, relativiza o perigo destas revoluções (Tunísia e Egipto) em transformarem-se em repetições do Irão 1979 e defende que Barack Obama deve criar condições para facilitar a tarefa das forças democráticas na região. Ainda na Foreign Policy, cinco especialistas do Médio Oriente analisam a situação e da resposta da Administração americana aos acontecimentos.
O Washington Post, em editorial, pede a Barack Obama para "cortar" ligações com Hosni Mubarak e oferecer apoio às forças democráticas lideradas por El Baradei. Ainda no mesmo jornal, num artigo de Robert Satloff, algumas acções que os Estados Unidos devem desenvolver para apoiar as revoluções do mundo árabe, nomeadamente na Tunísia.
Jonathan Kay, no National Post, faz uma defesa optimista da implementação da democracia no Médio Oriente. Por fim, o Daily Telegraph informa que os Estados Unidos estariam a apoiar secretamente um grupo da oposição egípcia desde 2007.