18
Mar 13
publicado por Nuno Gouveia, às 23:16link do post | comentar

 

A Fox News é genericamente apontada como o canal por excelência ideológico do panorama mediático americano. E talvez o seja, até porque é líder de audiências há imensos anos, e é, de longe, o canal de notícias com mais lucrativo nos Estados Unidos. Mas será o canal mais partidário do espectro televisivo americano? Da fama não se livra, e é inegável que possui um pendor conservador, cujo fundador, Roger Ailes, nunca escondeu. Aliás, a Fox News é uma máquina de fazer dinheiro mas é, também, um projecto político.

 


Segundo um estudo da Pew Research Center divulgado hoje, a MSNBC é, de longe, a televisão mais opinativa, com cerca de 85% do tempo destinado a opinião (pró-Obama), enquanto a Fox News apresenta uma ligeira maioria para os programas de opinião, enquanto a CNN é a única das três estações a apresentar mais cobertura noticiosa, naquilo que a Pew denomina de "Factual Reporting". A MSNBC sempre teve o pendor "liberal", mas nos últimos anos a estação acantonou-se em redor da Administração Obama e desde então tem funcionado um pouco como o braço armado do Partido Democrata nos media. Pelo seu lado, a Fox News, apesar de manter o prime-time ocupado por dois conservadores proeminentes, Bill O'Reilly e Sean Hannity, tem vindo um esforço por apostar no seu lado noticioso, nomeadamente com os reconhecidos Shepard Smith, Chris Wallace e Bret Baier, a MSNBC tem caminhado no sentido inverso. No entanto, os resultados são positivos para a MSNBC, pois ultrapassou nos últimos anos a CNN, apresentando o melhores resultados de sempre.

 

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28
Fev 13
publicado por Nuno Gouveia, às 17:05link do post | comentar | ver comentários (5)
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Polémica à vista? Bob Woodward não é um jornalista qualquer. Juntamente com Carl Bernstein, foi um dos principais responsáveis pela queda de Richard Nixon em 1974. Esta acusação pública teria efeitos devastadores se o Presidente fosse outro. Sendo assim, não sei se dará grande escândalo. Mas é um sinal claro que "politics as usual" continua a dominar a Casa Branca. Como sempre, com este ou outro Presidente. 

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05
Nov 12
publicado por Nuno Gouveia, às 14:46link do post | comentar | ver comentários (3)

A minha entrevista na Sic Notícias com Martim Cabral. Como nota de rodapé, apenas acrescento que o oráculo tem um erro. Sou doutorando e não doutorado. Lá chegarei!

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31
Out 12
publicado por Nuno Gouveia, às 09:59link do post | comentar

Combate Hangout gravado ontem com o Carlos Castro, com moderação de Filipe Caetano.


30
Out 12
publicado por Nuno Gouveia, às 16:07link do post | comentar

 

Após o desastre do Katrina, os media americanos entram em estado de choque mal se aproxima um furacão. Desta vez não foi excepção, e o furacão Sandy ocupou o espaço mediático nos últimos dias. Barack Obama abandonou por momentos a sua participação na campanha eleitoral e Mitt Romney cancelou diversos eventos. Na Costa Leste, particularmente na Vírginia e Pensilvânia, as acções de campanha estão suspensas, e várias empresas de sondagens, incluindo a Gallup, suspenderam também a publicação de resultados. Que impacto isto terá na eleição da próxima semana? Honestamente duvido que isto venha a ter grande impacto. A corrida segue dentro de momentos. 


28
Out 12
publicado por Nuno Gouveia, às 16:13link do post | comentar | ver comentários (1)

Até às eleições de 6 de Novembro, o Diário de Notícias vai publicar uma coluna diária do Bernardo Pires de Lima, que está a passar uma temporada em Washington. Aqui está um bom inicio desse trabalho diário, e que resume a essência da "corrida" neste momento:

 

Romney não é McCain: não se ficou pelo financiamento público, surpreendeu nos debates e tem narrativa económica. E Obama não é Obama: foi-se a surpresa, é "normal" em debate e fugiu-lhe o álibi Bush. É este duelo que está na arena nestes dez dias finais de campanha: um pragmático conservador contra um progressista pragmático. O que pode, então, fazer a diferença? Para Obama, a mobilização do voto antecipado e uma corrida súbita às urnas da sua palete de cores preferida: jovens, mulheres, latinos e afro-americanos. O voto antecipado não tem corrido mal, sobretudo no decisivo Ohio, mas a mobilização é uma incógnita. Mil milhões de dólares angariados podem dar o toque de caixa, mas esbarram num número igualmente astronómico e pornográfico: outros mil milhões no bolso de Romney. Aqui, o voto do americano branco e das classes trabalhadoras vai definir a aproximação ou, até, a vitória. Há quatro anos, dinheiro em falta foi voto fora da caixa. Mas Romney não é McCain e Obama já não é Obama.


24
Out 12
publicado por Nuno Gouveia, às 14:34link do post | comentar | ver comentários (15)

No editorial do Público de hoje escreve-se sobre a surpresa Mitt Romney e o facto deste ter uma real possibilidade de vencer as eleições de 6 de Novembro. Tenho lido bastante deste tipo de argumentário nos últimos tempos, especialmente no nosso país. Esta é uma manifesta declaração de falta de conhecimento da parte de quem o afirma. Bastaria ter estado atento à imprensa americana e aos pormenores desta campanha para ter verificado que esta eleição sempre foi bastante competitiva, aliás, como sempre o dissemos por aqui. O ligeiro favoritismo que Obama sempre teve nunca foi mais do que isso. Dizer agora, a duas semanas das eleições, o que sempre foi dito por analistas imparciais americanos, como se isso fosse uma grande surpresa, é simplesmente assumir que andaram distraídos.  As sondagens neste momento apontam para números contraditórios. Nos estudos nacionais, Romney lidera por 0,9% na média do Real Clear Politics. No Ohio, o estado mais decisivo, Obama está na frente com uma vantagem de 1,7%. Mais do que nunca, está tudo em aberto. 


22
Out 12
publicado por Era uma vez na América, às 23:45link do post | comentar | ver comentários (4)

 

O Sapo lançou um espaço dedicado às eleições americanas de 6 de Novembro. Com notícias, reportagens, entrevistas e colunas de opinião, este espaço destaca-se, para já, no panorama mediático português no acompanhamento a estas eleições. Da nossa parte, um obrigado pelos destaques aos nossos posts. 


19
Out 12
publicado por Nuno Gouveia, às 00:06link do post | comentar | ver comentários (5)

A Gallup é provavelmente o nome mais credível no mundo das sondagens americanas. Hoje coloca Mitt Romney com uns surpreendentes 52% contra 45% de Obama. Ontem Karl Rove disse que nunca um candidato que teve uma vantagem tão grande na Gallup a meio de Outubro perdeu as eleições. Mas o "problema" com estes números é que as restantes tracking polls dão resultados bem diferentes, com a Rasmussen a dar dois pontos a Romney e a da Investor Bussiness Daily a dar empate. Além disso, nos Swing-states há um relativo equilíbrio, até com alguma vantagem para Obama no Ohio, Iowa, New Hampshire e Wisconsin, os estados que o Presidente parece mais apostar nesta recta final. Se Romney estivesse verdadeiramente sete pontos à frente, os resultados seriam diferentes nos swing-states. O mais certo é que seja um outlier, mas sendo da Gallup fica sempre no ar a dúvida. 

 

Segundo uma sondagem da Pew Research, e a quatro dias do último debate sobre política externa, Mitt Romney recuperou terreno na percepção dos eleitores relativos a esta temática: 47% dos eleitores considera Barack Obama mais capaz de tomar decisões sobre política externa, enquanto 43% dá a Mitt Romney vantagem. Esta é uma grande alteração em relação ao passado recente. No último estudo da Pew, Obama tinha 15 pontos de vantagem sobre Romney. Segundo a Pew, é na China que Romney tem vantagem sobre Obama, o que se percebeu facilmente no último debate. Um aperitivo para o debate de segunda-feira. 

 

A revista Newsweek irá deixar de ser impressa em 2013, ficando apenas com presença no digital. A actual directora, Tina Brown, assumiu no ano passado a liderança da revista com a promessa de a revigorar. Depois de algumas capas bombásticas e uma viragem à esquerda, a revista não resistiu à crise que afecta quase todos os meios impressos. Não deixa de ser um sinal dos tempos, uma das publicações mais antigas dos Estados Unidos morrer desta forma. A partir de agora a Newsweek irá ser o Daily Beast


17
Out 12
publicado por Nuno Gouveia, às 23:24link do post | comentar

 

E se Mitt Romney ganhou o debate da noite de ontem? Bem, mesmo sem ver as sondagens ontem disse no Twitter que Barack Obama teria vencido o debate (a minha opinião), o que foi confirmado depois pelos estudos publicados pelas diversas empresas. Mas depois de ler este post no Buzzfeed, onde é analisada ao pormenor a sondagem da CNN, que deu a Obama a liderança no debate, com 46% contra 39%. É que nos quatro principais assuntos desta campanha - economia, impostos, saúde e défice - foi Romney quem teve melhor avaliação do público. No final da semana teremos mais dados para avaliar isto. Se Obama inverteu o rumo das sondagens, se Romney mantém a tendência. 


15
Out 12
publicado por Nuno Gouveia, às 23:40link do post | comentar | ver comentários (10)

Uma sondagem da Gallup/USA Today dá hoje uma vantagem de 5% a Mitt Romney sobre Barack Obama em 12 swing-states (Nevada, Colorado, Novo México, Iowa, Wisconsin, Michigan, Ohio, Pensilvânia, Virginia, Carolina do Norte, New Hampshire e Florida). Esta sondagem é surpreendente se tivermos em conta que inclui o Novo México, Michigan e Pensilvânia, estados estes que têm estado claramente na coluna de Obama. A grande novidade? Empate no voto feminino nestes estados. Na média do Real Clear Politics, Romney surge com a vantagem de... 0,1%. 

 

Mitt Romney angariou cerca de 170 milhões de dólares durante o mês de Setembro. Uma soma fantástica, mas mesmo assim inferior aos 181 milhões de Barack Obama, que se tornará em breve o primeiro candidato a ultrapassar os mil milhões de dólares numa campanha. Na angariação de fundos, Obama já ganhou. 

 

Piers Morgan, o apresentador britânico da CNN, escreveu um curioso artigo sobre Mitt Romney: "He's one of the least principled politicians I've met. But I believe Mitt Romney might just save America". Uma espécie de endorsement


12
Out 12
publicado por Nuno Gouveia, às 11:31link do post | comentar

A convite do Henrique Raposo, publico hoje este artigo no site do Expresso: Pode Obama recuperar da tareia?


publicado por Nuno Gouveia, às 00:18link do post | comentar

Ao inicio da noite, eu, o José Gomes André e o João Luís Dias estivemos à conversa com o Filipe Caetano para mais uma edição do Combate Hangout. Em destaque esteve o debate desta noite entre Joe Biden e Paul Ryan. Eu, um pouco contra a corrente, atribuí o favoritivismo do debate ao Vice Presidente Biden, mais experiente neste tipo de palcos. Veremos se amanhã estarei cá para me penitenciar. 


04
Out 12
publicado por Nuno Gouveia, às 00:00link do post | comentar

Análise do debate desta noite com José Gomes André e Filipe Ferreira, moderado pelo Filipe Caetano. 

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25
Set 12
publicado por Nuno Gouveia, às 22:55link do post | comentar | ver comentários (7)

Hoje de manhã os meios de comunicação em Portugal pareciam ter descoberto a pólvora: Mitt Romney queria abrir as janelas dos aviões. Alguns meios diziam mesmo que o candidato republicano estava indignado porque não o podia fazer. Estava instalada a comédia. Eu tinha lido ontem a notícia num site americano, e logo me pareceu que tinha sido apenas uma piada. Confirmei. Claro que a esquerda americana tentou pegar no assunto, sem grande sucesso. E nem a campanha de Obama o fez. Na verdade poucos meios tocaram no assunto, pois era evidente que tinha sido uma piada, como agora o Público relata na peça publicada esta noite, com declarações de jornalistas que estavam presentes na sessão de angariação de fundos. Mas qual a razão para isto ter tido tanto destaque nos media portugueses? Incompetência? Parcialidade? Irresponsabilidade? Talvez um misto dos três, mas a verdade é que não ficam bem na fotografia. Para cúmulo do jornalismo, cheguei mesmo a ver vídeos de Rachel Madow (um baluarte televisivo da esquerda americana), como uma representante do jornalismo isento americano a falar sobre o episódio. Ou não sabiam quem era ou então quiseram enganar as pessoas. Um jornalista competente teria ido procurar fontes fidedignas. Não teria publicado nada sem ter confirmado a veracidade do assunto. Se querem ser credíveis, não cometam erros infantis. Hoje podem ter tido bastante sucesso nas partilhas das redes sociais, mas quem está atento a este tipo de fenómenos não gosta de ser enganado. Eu, consumidor de imprensa, rádios e televisão, considero que este triste episódio mostra-nos, cada vez mais, que muitos não são confiáveis. Especialmente quando não gostam do tema ou da pessoa. Depois fazem estas tristes figuras. 


publicado por Nuno Gouveia, às 20:28link do post | comentar

Hoje ao final da tarde estive à conversa com o Filipe Caetano e o Filipe Ferreira numa versão Hangout do Combate de Blogs. O resultado foi este. Debatemos a (não) questão dos aviões de Romney, e da minha parte, o inusitado destaque que a imprensa portuguesa lhe deu, e as dificuldades por que passa a campanha de Romney. 


19
Set 12
publicado por Nuno Gouveia, às 10:29link do post | comentar | ver comentários (16)

Em temop de eleições, é normal comentadores e sobretudo pessoas menos atentas ao fenómeno clamarem: "depois disto, já perdeu". Nesta campanha presidencial já ouvimos isso mil e uma vezes. Aliás, começou quando Osama Bin Laden foi morto, com vários "especialistas" a declararem "Obama já está reeleito". Romney já foi morto e enterrado diversas vezes. As últimas vezes aconteceram depois da subida de Obama pós convenção e agora, com o seu vídeo dos 47%. Certo, Obama permanece favorito e até é provável que ganhe. E não digo que daqui a dois meses digamos: este foi o período em que Romney começou a perder. Talvez. Mas o que é inegável é que esta corrida mantém-se incrivelmente renhida e estável. Ontem, e depois da imprensa americana ter declarado Romney morto, mais uma vez, nas tracking polls a Gallup dava apenas 1 ponto de vantagem a Obama e a Rasmussen dois pontos a Romney. Com este buzz em redor do Romney, é provável que os números voltem a distanciar-se um pouco a favor de Obama, mas nada garante que Romney não regresse ao empate técnico. Neste momento diria que Obama terá assegurado os 47% do eleitorado que Romney referiu, enquanto o republicando andará à volta dos 45%. Logo ambos os candidatos têm margem suficiente para crescer e ganhar. Penso que no final dos debates teremos uma visão mais clara do resultado final. Agora, numa campanha tão disputada como esta estar a dizer "está ganho" ou "ele já perdeu" parece-me uma manifestação infantil de "wishfull thinking" que esbarra com a realidade que temos observado. E com isso ninguém ganha (do ponto de vista analítico).


18
Set 12
publicado por Nuno Gouveia, às 16:21link do post | comentar | ver comentários (4)

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11
Set 12
publicado por Nuno Gouveia, às 09:09link do post | comentar | ver comentários (5)

Miguel Sousa Tavares é um colunista preguiçoso. Já todos percebemos que parte dos comentários que faz são desprovidos de conhecimento, e como tal, contêm mentiras que deviam envergonhar alguém que é muito bem pago para opinar. Uma coisa diferente é criticar e até deturpar o que outros dizem. Mas outra é mentir e enganar os leitores de forma deliberada. Esta semana publica um artigo inquailificável (ainda não disponível online) no Expresso. Se uma parte são opiniões, e embora enviesadas, até podem ser consideradas normais. O disparate também faz parte da opinião. Mas o seu inicio, sobre o que Mitt Romney defende está repleto de mentiras e devia envergonhar o Expresso como organização noticiosa. Vamos por partes.

 

MST diz que "eles defendem que a "violação legítima" não deve dar direito a abortar, assim como o incesto ou malformação do feto". Nada mais errado. Mitt Romney deixou bem claro, e várias vezes, que defende excepções à lei, e que são precisamente essas que o colunista aponta. Se não sabia, devia procurar informar-se antes de o escrever. 

 

A seguir, MST diz que "defendem que só os que tem mais de 68 anos, doentes, tem direito a ser tratados pelo estado, gratuitamente". Outra falsidade. Em primeiro lugar, o Medicare (o programa de saúde dos idosos) abrange todos os idosos a partir dos 65 anos (e não 68 como afirma no artigo). Mas a dupla Mitt Romney não defende o fim do Medicaid (o programa de saúde para os mais pobres), como MST afirma. Defende uma coisa bem diferente, que é a transferência federal das verbas destinadas ao Medicaid para os estados, ficando estes responsáveis pela gestão do programa. De onde é que ele retirou essa ideia? Não sabemos. 

 

Segundo MST, "defendem que a taxa máxima do IRS deve baixar de 35% para 26% e que a partir de rendimentos a partir de 200 mil dólares deve ser zero". Sinceramente não sei onde MST retirou a ideia que Romney defende que os rendimentos a partir de 200 mil dólares não devem pagar IRS. Só pode ter sonhado. Em relação à baixa de IRS, devo dizer que não encontrei a sua proposta, e é possível que a dupla Romney/Ryan tenha proposto semelhante baixa de impostos. Mas o que sei é que propõe que a Corporate Tax baixe dos actuais 38% (a mais elevada do mundo) para os 25%.

 

"Defendem o abandono da investigação e investimento das energias limpas e aposta na intensificação da exploração de petróleo no Alaska, no offshore e em qualquer zona protegida, acompanhada de incentivos fiscais às petrolíferas". No caso da exploração do Alaska é verdade, e até o Presidente Obama já iniciou este processo. Mas também é verdade que Obama, apesar de algumas resistências que demonstrou, tem efectuado esforços para aumentar a produção de petróleo nos EUA, o que aconteceu durante o seu mandato. Em relação às energias limpas, é evidente que Romney não defende o abandono da sua investigação. Basta consultar o seu programa para ficar esclarecido. Defende uma coisa bem diferente: acabar com os subsídios a grande parte dos projectos ruinosos, como foi o caso do Solyndra. 

 

Esta é a mais engraçada: a dupla Romney/Ryan defende "o direito inalienável de todos os cidadãos andarem armados e dispararem livremente". Se  Constituição de facto apregoa o "the right to keep and bear arms", esta ideia que eles defendem que possam disparar livremente é uma novidade para mim. Não sabia, mas se Romney vencer, todos os americanos poderão andar aos tiros nas ruas livremente. Já agora, para conhecimento do senhor MST, aqui não há grande diferença de posições (públicas) entre Romney e Obama. E que, enquanto governador do Massachusetts, Romney até limitou o uso armas de assalto, algo que Obama nem sequer ousou em falar neste mandato. 

 

Depois diz que Romney e Ryan defender a proclamação de Jerusalém como capital de Israel. E, então qual o problema? Ainda na semana passada Obama teve que intervir directamente na Plataforma Democrata para incluir essa afirmação. Já agora, qual deve ser a capital de Israel? Talvez na ilha de Madagáscar, senhor MST?  

Por fim, mais uma piada: estes malvados prometem, "de um modo geral, fazer a guerra aos árabes, russos, chineses e aos pretos". Mas, e é caso para perguntar, MST acredita mesmo nisto tudo ou estava sob efeito de algum produto delirante quando escreveu isto?  

 

É lamentável que estas mentiras ou distorções tenham sido publicadas nas páginas do Expresso. Isto não é opinião. 

 

Adenda: Elas são tantas que me esqueci de mais duas mentiras de MST. Ele escreveu que "defendem a perseguição aos imigrantes". Mais uma vez, não sei do que ele está a falar. Será que eles querem expulsar todos os emigrantes ou questionam o número de 12 milhões de imigrantes ilegais nos EUA? Certamente a primeira opção não é de certeza. E de referir que nunca como agora têm sido expulsos tantos imigrantes ilegais dos EUA. E MST também disse que Romney e Ryan "defendem o fim das bolsas de estudo para estudantes sem dinheiro para estudar". Mais uma vez, uma mentira descarada do cronista. Em lado algum os candidatos defendem isso.

 

* na sequência do post do José Gomes André, deixo aqui o post que publiquei ontem no 31 da Armada.

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28
Ago 12
publicado por Nuno Gouveia, às 02:52link do post | comentar

 

 

A diversidade de estilos jornalísticos é uma das grandes virtudes do panorama mediático americano. Ao contrário de outras realidades, nos Estados Unidos a imprensa toma partido. Não toda, mas uma grande parte. Se queremos saber os argumentos de Mitt Romney, lemos a Weekly Standard e vemos a Fox News, por exemplo. Se, pelo contrário, quisermos saber o lado de Obama, então compramos a The New Republic ou vemos a MSNBC. Pelo meio, e para uma visão mais imparcial, temos o National Journal ou a CNN. Na dita imprensa de referencia, também há divisões deste género. Wall Street Journal para os republicanos ou New York Times para os democratas. Na Internet, também há os grupos de ambos os lados. Uma grande variedade que só é possível pelo grande mercado que existe nos Estados Unidos, mas também porque a política vende. Os jornais estão em crise, também nos Estados Unidos, mas entretanto têm surgido novos players no mercado, como o Politico, o Real Clear Politics, Huffington Post ou o The Drudge Report. 

 

Na convenção os grandes órgãos de comunicação social ocupam áreas de destaque, transformando também este evento num espaço ideal para se promoverem perante os colegas jornalistas que pululam por aqui. Segundo os números da organização, mais de 15 mil pessoas da área dos media estão credenciados. Sem surpresa, são as televisões, os maiores jornais e revistas que ocupam maior destaque na convenção, com as primeiras a terem os seus próprios estúdios móveis dentro do pavilhão onde irá decorrer a convenção. 


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