Barack Obama não prometeu só fazer baixar o nível dos oceanos, curar o planeta ou cortar o défice para metade no final do seu primeiro mandato. Conforme se pode observar nesta entrevista, o candidato Obama prometeu então que quando assumisse a Presidência a hostilidade muçulmana iria retroceder drasticamente em relação aos Estados Unidos. Tal como Sarah Palin, que por ver a Rússia do Alaska podia discutir política externa, também Barack Obama se considerava apto para acalmar os muçulmanos por ter vivido na Indonésia dos seis aos dez anos. Conforme pudemos observar nos últimos dias, Obama também não cumpriu esta promessa. A sua gestão do caso tem deixado a desejar, e o facto de ter ido para Las Vegas para uma sessão de angariação de fundos após ter tomado conhecimento do assassinato do embaixador na Líbia não abona muito em seu favor. Ainda por cima, sabe-se hoje que não costuma revelar muito interesse sobre os briefings de segurança nacional. Se estas manifestações no mundo árabe prosseguirem nos próximos dias, a política externa poderá tornar-se uma dor de cabeça para Obama, num tema que até ao momento lhe tem sido favorável.