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Dez 11
publicado por Nuno Gouveia, às 22:54link do post

 

A poucos meses de completar nove anos do inicio do guerra do Iraque, os Estados Unidos dão finalmente por terminada a intervenção militar mais polémica desde o Vietnam. Foi um conflito com altos e baixos para os interesses americanos, e nesta hora de retirada é ainda difícil afirmar a forma como esta será avaliada pela história. Esta foi uma guerra extremamente difícil e com um elevado custo para os americanos. Mais quatro mil e quinhentos mortos, cerca de 30 mil feridos e 800 mil milhões de dólares depois, as tropas regressam finalmente a casa. Não entrando na discussão sobre os méritos ou deméritos desta operação, é hoje possível identificar vários erros cometidos nos primeiros anos da guerra, nomeadamente durante o consulado de Paul Bremer (nestes livros encontramos uma descrição fidedigna desses anos conturbados), e verificar que tudo poderia ter sido diferente. Os americanos abandonam Bagdad ainda sem uma democracia consolidada, a paz interna continua presa por arames e nem tudo está bem no país. No entanto, Barack Obama honrou o plano de retirada delineado ainda pela Administração Bush e conta aqui com uma promessa cumprida para apresentar ao povo americano. Ele, que se opôs à surge liderada por David Petraeus, acaba por ser o maior beneficiado, politicamente falando, desse volte face que permitiu aos americanos sair com dignidade do Iraque. Resta saber se Obama terá cometido um erro ao não forçar perante o governo iraquiano a presença militar durante mais algum tempo. Mas isso só o tempo o dirá. 


Tenho a dizer que concordo com a posição do presidente Obama, independentemente daquilo que os políticos republicanos digam. Tenho também a dizer que os EUA têm agora dois problemas muito mais graves do que o Iraque ou o Afeganistão, esses problemas chamam-se de Irão e Paquistão. Se o primeiro ´provocado pelo estado de Israel ou pelos próprios EUA não sei, mas sei que será um problema para a diplomacia com um dos mais importantes países árabes; relativamente ao Paquistão, acredito que será mais facilmente resolvido do que o Irão, mas que ainda assim poderá sofrer uma intervenção militar.
Infelizmente, o mundo ocidentalnecessita imperativamente de guerras para saír das crises, ou pelo menos, foi o que fizemos no último século, com um grande exemplo, 1929 deu azo à II Guerra Mundial, obviamente não foi provocada pelos EUA, mas sim por um estado totalitário a saír da crise, Alemanha.
Gostava ainda de saudar alguém que escreveu um comentário antes de mim e disse que não podemos impor a democracia ocidental ao resto do mundo. Ele tem razão ao dizer isto e até mesmo os governantes absolutistas podem desenvolver um país, veja-se o caso do Butão em que o próprio rei, contra vontade da população mudou o regime de monarquia absoluta para democracia. Ainda assim, grande parte dos estados, principalmente árabes (com a Sharia), não conseguem fazer esta transição e não respeitam os direitos das pessoas e das mulheres, assim, concordo com a atuação ocidental na Libía, partiu de uma revolta interna para um conflito de rebeldes apoiados pelo estrangeiro. Esperemos que eles consigam consolidar a democracia e resistir ao tão falado imperialismo americano. Só assim o mundo pode mudar.
Tó Zé a 17 de Dezembro de 2011 às 08:49

Totalmente de acordo, 1)Sair do Iraque;2) Entrar no Irão e no Paquistão.3)E assim consolidam as democracias.
Por fim resistem ao imperialismo americano.
Este To Zé é pessoa esclarecida e independente. Pessoa a consultar para se perceber tudo.
Livra ...
xarape a 17 de Dezembro de 2011 às 16:38

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